Posted: 28 Sep 2013 01:55 PM PDT
Nos documentos, ela passará a figurar sexo feminino e não mais masculino, segundo informaram autoridades de Buenos Aires.
A
psicóloga Valeria Pavan, coordenadora da área de saúde da ONG
Comunidade Homossexual Argentina (CHA), disse à BBC Brasil que a
criança, que hoje tem seis anos, chamou a atenção dos pais para sua
condição sexual assim que começou a dizer as primeiras palavras, aos
dois anos e meio.
"Ela já demonstrava gostar de coisas de menina e
quando começou a falar melhor dizia que queria ser chamada de Lulu e de
brincar como menina e não como menino", disse.
Lulu tem um irmão
gêmeo e é filha de um casal da província de Buenos Aires. Eles foram
orientados pelo Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e
o Racismo (INADI) e pela CHA sobre como proceder no caso de Lulu.
A
CHA orientou os pais da criança no pedido de mudança de nome e sexo nos
documentos, a partir da Lei de Identidade de Gênero e acordos e
direitos sobre a infância, segundo Marcelo Suntheim, ativista da
organização.
"Os pais contaram que ela dizia que era uma princesa e 'uma bebê', não 'um bebê' como seu irmão gêmeo", disse Suntheim.
Quando
Lulu completou quatro anos, os pais passaram a procurar psicólogos que
os orientassem na educação da criança, até que foram aconselhados a
procurar a equipe de saúde da ONG.
Valeria Pavan afirmou que a "menina transsexual", como ela a definiu, chegou ao seu consultório com características de tristeza.
"Ela
se escondia, chorava o tempo inteiro e quando brincava pegava um lenço e
colocava na cabeça, para parecer que tinha cabelos compridos."
Segundo
a psicóloga, os pais de Lulu contaram, ao longo de uma série de
consultas em cerca de dois anos, que especialistas anteriores
recomendaram terapias para "reforçar a masculinidade" da criança.
"A
novidade aqui é que pessoas simples decidiram ouvir, prestar atenção no
que a criança dizia e eles foram muito democráticos ao respeitá-la e ao
escutá-la", afirmou.
Pavan diz que, para o pai da criança, "no
inicio foi mais difícil" aceitar a sua identificação com outro gênero.
"Mas com o tempo, ele também foi vendo que ela realmente se entendia
como menina."
Novos documentos
Na última
quinta-feira, as autoridades do governo da província de Buenos Aires e
do governo nacional responderam aos apelos, feitos por escrito, dos pais
e deram a autorização para que Lulu tenha uma nova certidão de
nascimento e uma nova carteira de identidade.
Os documentos,
informaram, terão o mesmo numero que os primeiros emitidos, quando a
criança nasceu, mas com modificações no sexo e na identidade.
"É a
primeira vez que alguém tão pequeno tem seus direitos sexuais
reconhecido e sem ter ocorrido uma disputa judicial para isso", afirmou
César Cigliutti, presidente da CHA.
Na primeira vez que foram ao Registro Civil de Buenos Aires, os pais tiveram o pedido rejeitado.
A
decisão foi revista depois que a mãe de Lulu, identificada como
Gabriela, escreveu ao governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, e às
autoridades da Secretaria Nacional da Infância, Adolescência e da
Família (Senaf).
Na quinta-feira, o chefe de gabinete da
província de Buenos Aires, Alberto Pérez, disse que o governo "toma a
decisão, neste caso particular, por uma questão humanitária e para que
os direitos de todos os cidadãos sejam atendidos".
Atualmente,
segundo a Valeria Pavan, Lulu já frequenta um jardim de infância com
roupas de menina, mas a mudança no documento evitará "constrangimentos"
para ela.
"Na escola, ela é chamada de Lulu, mas no documento,
ela tinha nome masculino. O mesmo ocorria, por exemplo, quando ia a um
hospital para tomar vacinas. A aparência e o comportamento dela são de
menina, mas quem a atendia via o nome de um menino", disse a psicóloga.
A criança terá os novos documentos a partir da semana que vem.
NOSSA OPINIÃO: Somente a genética pode dizer se um homem nasce homossexual ou não.
Ocorre que a genética nunca conseguiu detectar gênese ou cromossomo homossexual.
Existe sim hormônio sexual de macho e fêmea e não homossexual.
Assim, esta criança (menino) ou mesmo um adulto faz sim opção por um comportamento.
Prova disso que pela leitura acima a criança tem um irmão gêmeo e este outro (irmão) continuou na condição de menino, mesmo eles sintetizando as mesmas proteínas. Assim, até o momento a ciência não pode afirmar que algum nasce homossexual ou não.
Roberto Horta também é gêmeo (univitelino), tem filhos gêmeos (univitelinos) e mais 3 casais de gêmeos sobrinhos.
Por tal motivo tenho estudado o assunto o que me permitiu fazer as observações acima.