João Paulo almoça em tenda montada em frente ao STF
Parlamentar visitou acampamento de manifestantes contrários ao julgamento do mensalão
Eduardo Bresciani - FONTE O Estado de S. Paulo
À espera da expedição do mandado de prisão por sua
condenação no processo do mensalão, o deputado federal João Paulo Cunha
(PT-SP) almoçou nesta segunda-feira, 3, em uma tenda montada em frente
ao Supremo Tribunal Federal (STF) por manifestantes ligados ao PT que
protestam contra a detenção dos condenados e pedem a anulação do
julgamento. O deputado afirmou que fará todos os recursos possíveis à
condenação. Ele não quis dizer se deixará o mandato quando for preso,
mas ressaltou receber a solidariedade de outros parlamentares.
Ed Ferreira/Estadão
João Paulo na tenda montada por manifestantes em frente ao STF
"De ontem para hoje a quantidade de telefonemas que recebi de deputados me conforta demais, mas eu não poderia afirmar o que aconteceria (em um processo de cassação) porque não sei", disse o deputado. "
(A renúncia) é um assunto que não está colocado e eu prefiro
não dizer", afirmou. Nesta segunda, o STF retomou as atividades e há
expectativa de que o presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa,
determina a prisão do parlamentar nos próximos dias.
O deputado diz que a visita aos manifestantes não foi uma "provocação" ao Supremo.
"Os ministros do Supremo sabem que não sou de
provocar ninguém",
disse. "Fico feliz que tem um grupo de brasileiros
que são solidários e essa solidariedade conforta", complementou.
João Paulo disse que pedirá revisão criminal e vai recorrer a organismos internacionais.
"Tudo que estiver ao nosso alcance nós vamos
utilizar, quer seja revisão, quer seja a busca a organismos
internacionais, que se não for para rever, seja pelo menos para tomar
conhecimento de que houve uma injustiça no Brasil, um processo permeado
pela disputa política, um julgamento de exceção".
O deputado afirmou que, quando for preso, pedirá para estudar e
trabalhar. Não deu detalhes sobre o emprego, mas afirmou que pretende
concluir o curso de Direito (está no último ano) e cursar Letras, ainda
que à distância.
Nenhum comentário:
Postar um comentário