terça-feira, 4 de novembro de 2014

Haddad coloca gays e travestis na fila prioritária do Minha Casa Minha Vida

Haddad coloca gays e travestis na fila prioritária do Minha Casa Minha Vida. 

Publicado por Ylena Luna - 3 dias atrás

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Por: Diego Zanchetta - 31 outubro 2014 | 12:01
Uma resolução do Conselho Municipal de Habitação (CMH) definiu que gays em situação de violência, travestis moradoras em albergues e índios também podem ser beneficiados com prioridade nas unidades do Programa Minha Casa Minha Vida construídas em São Paulo. A norma complementar ao projeto do governo federal, publicada hoje no Diário Oficial da Cidade, também permite incluir na fila prioritária do programa moradores em áreas limites de municípios vizinhos da capital paulista e idosos sozinhos com mais de 60 anos.
Link do Diário Oficial do Estado de São Paulo (RESOLUÇÃO CMH Nº 61 DE 16 DE OUTUBRO DE 2014)
Haddad coloca gays e travestis na fila prioritria do Minha Casa Minha Vida
O objetivo das regras é incluir entre os beneficiários prioritários do programa centenas de gays e mulheres que sofreram ameaças ou violência doméstica e que são atendidos em albergues e moradias da Prefeitura. Dezenas de travestis que também moram nos abrigos municipais vão ter direito a tentar entrar no programa, desde que comprovem que está “oriunda de situação de rua”. São mais de 8 mil pessoas atendidas todos os dias nos 62 albergues, abrigos e casas de acolhimento do governo.
Prioritariamente, o programa definiu o atendimento para moradores em áreas de risco, mulheres que cuidam sozinhas da família e casais de baixa renda com filhos, conforme decreto de 2009 do governo federal. Não havia categorias específicas para priorizar o atendimento de gays e de travestis sozinhas e em situação de violência, por exemplo.
Segundo movimentos de moradia que também são parceiros na construção de unidades do Minha Casa Minha Vida na capital paulista, a pessoa que mora sozinha de aluguel (seja gay, solteiro adulto ou idoso) dificilmente consegue ser beneficiada.
Na resolução publicada hoje, o governo municipal também incluiu nesse rol de possíveis beneficiários do programa idosos sozinhos com mais de 60 anos, moradores na capital.
Ao todo, a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) está construindo na capital paulista 22 mil unidades do Minha Casa Minha Vida – a meta do governo é construir 55 mil até o final de 2016, para famílias que ganham menos de R$ 1.600 mensais. O programa do governo federal previa que o município parceiro nas obras poderia editar normas complementares para definir quem está em situação de vulnerabilidade na cidade.
APOIO
Fernando Quaresma, de 46 anos, presidente da Associação da Parada Gay de São Paulo, afirma que a iniciativa é inédita. “Era uma demanda antiga. A questão da violência começa inclusive dentro de casa, na família. Muitos gays expulsos da família em idade de faculdade ou de colégio não têm para onde ir. Essa violência não é só com quem está na rua apanhando”, afirmou Quaresma.
Ele disse que as travestis também não conseguem entrar no mercado de trabalho e muitos acabam indo morar nos albergues da Prefeitura. “Muitos gays formam hoje famílias de baixa renda e nunca conseguem entrar no programa”, acrescentou.
Na tenda da Secretaria da Assistência Social na Avenida Nove de Julho, na região central, é comum ver travestis da região dormindo e entrando para tomar banho.
“Muitas travestis participaram de invasões recentes para tentar conseguir o bolsa-aluguel (R$ 500 mensais) e arrumar algum lugar para morar. Mas mesmo quem já recebe essa bolsa faz tempo não consegue apartamento do Minha Casa Minha Vida”, afirmou Adriana da Silva, de 39 anos, que trabalha na tenda da Prefeitura na Nove de Julho.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/diego-zanchetta/haddad-inclui-gays-travestiseindios-no-minha-casa-minh...
Ylena Luna
Movida a música, baterista, apaixonada pelo Direito e pela Internet.
FONTE: JusBrasil


 Comentários

Dimas Carneiro
19 votos
É apoiável a preferência concedida a todos aqueles que se encontram utilizando os albergues (independentemente de sexo, ou preferência sexual), pessoas essas que se diferenciam daquelas que optaram por continuar morando na rua, porque nos albergues há proibição do uso de drogas e bebidas alcoólicas, além de haver regras para entrada, saída e permanência, inclusive obrigações de higiene. As pessoas de bem que tiveram a infelicidade do desemprego e foram obrigadas a deixar suas casas vão aos albergues onde ficam durante a noite e, durante o dia ocupam-se procurando emprego, ou exercendo "bicos" para sobreviverem, ao contrário daquelas que preferem permanecer na rua, embriagando-se e usando drogas, vivendo de esmolas e aguardando que a assistência social vá até elas. Albergados são pessoas dignas que merecem todo respeito e apoio da sociedade, diferentemente dos que decidiram viver, dia e noite, na rua, às custas das pessoas de boa fé que se compadecem e lhes dão auxílio imerecido, pois os albergues estão à disposição e, pelo que se sabe, com vagas sobrando.

Maciel Need
4 votos
Caro Sr. Dimas,

O seu comentário diz mais verdades que o próprio artigo.
"É apoiável a preferência concedida a todos aqueles que se encontram utilizando os albergues (independentemente de sexo, ou preferência sexual),"....]

Não importa se é um idoso, um gay, um garoto, ou um lutador de MMA, se nasceram com o sexo Masculino ou Feminino, se a sua opção sexual e homo ou heterosexual, se é negro, branco, amarelo ou verde, nordestino, travestis , paulista ou marciano; o que importa é a sua condição sub-humana por ocasião do cadastramento.

As pessoas preconceituosas rotulam os "diferentes" de Negros, Gays, Travestis e dai por diante.

Dessa maneira, creio que o Alcaide da Cidade de São Paulo, se rotula PRECONCEITUOSO.

Não poderia ele, de forma alguma usar o argumento Gays, Travestis, etc, pois dessa maneira ele acha que quem é Gay não é uma pessoa, é um Gay, e, para mim, quem é gay, é somente uma pessoa que tem uma opção sexual diferente de quem é heterossexual, assim como o Negro, tem a cor da pele diferente do branco, e corre em suas veias o mesmo sangue vermelho que em todos nós, e todos são pessoas, seres humanos, e, como tal devem ser vistos e respeitados.

Creio que é dessa maneira que todos deveriam ver as coisas, inclusive quem se sente discriminado por algum pseudo ser humano, e ainda dando razão a tal aberração de julgamento; devendo, partir daqueles que nele votaram, uma atitude de REPÚDIO pelo seu infeliz "julgamento discriminante".

Meu pêsames "Sr. Alcaide Mor" da maravilhosa e acolhedora Cidade de São Paulo

Hermann Weissenberg
13 votos
O titulo desta materia está quase certo,pois neste mundo machista poucos leriam esta materia.A lei benefecia não só os gays mas mulheres ameaçadas ou por violencia.Por favor corrija esse titulo

Igor Silvério Freire
3 votos
Verdade, vim comentar exatamente a mesma coisa :)

Rafael de Souza
2 votos
Definitivamente, o título fez entender de maneira equivocada.
Mas dou os parabéns ao prefeito, que visualizou manejar a fila por carência e proteção das pessoas. É sempre bom observar que pessoas em situações difíceis podem "passar a frente" mesmo em detrimento a quem reclamar por achar injusto. Injusto sim é a pessoa estar na fila, poder talvez pagar um aluguel, ter emprego e assim mesmo não entender e se indignar.

Nádia Oliveira
1 voto
Concordo com Hermann o título dá uma super margem a um equívoco.

Wagner Francesco
7 votos
Haddad é o segundo melhor prefeito do Brasil - perde só pra o prefeito de minha cidade, Conceição do Coité. O cara é extremamente humano. Iniciativa de muita grandiosidade e generosidade.

Valério Londe
4 votos
Será que vou ter que mudar minha opção sexual para conseguir minha tão sonhada casinha?

Felipe Mamone
1 voto
Se você mora na rua em iminência de violência e abusos, sim.

Dario do Nascimento Mondelo Sis
3 votos
Estamos mesmo chegando ao fundo do poço. Ou ao ápice do desrespeito a um dos artigos da constituição, "somos todos iguais perante a lei". Falta fazer alguma coisa pra ganhar voto ? Que tal o bolsa-bala ? Ou mesmo o "Fundo de Auxilio Para Sair do Armário".

Rafa Hungria
4 votos
Estude sobre a diferença entre igualdade formal e material, o conceito de isonomia que você tráz está incompleto.

Werveson Jaques Rocha
2 votos
Acho uma boa (rs). Quando o cara vive no armário, gera muita violência: bate na mulher, nos filhos, briga na rua, etc. Dá muito prejuízo (rs). Você provavelmente pensa assim pq não possui alguém na família passando por isso. Não sei pq as pessoas de voltam contra certos direitos que algumas classes ou grupos adquirem se nem as afeta. Parece mais postura ideológica/religiosa ou despeito mesmo.

Claudio dos Santos Silva
2 votos
Muito interessante. mas acho que o título seria somente de " pessoas necessitadas de todas as classes sociais, credos, raças, etc. etc e não discriminadas como está."
O Bolsa familia no meu entendimento, deve ser transformado por Lei em um Projeto de Governo e não como está atualmente. Dessa forma, não haverá mais uma guerra como aconteceu no período eleitoral, com ameaças mentirosas de sua extinção.

Marcio Pinheiro
2 votos
Detalhe: homem hétero, mesmo em situação de violência doméstica, não pode ser contemplado.

Adao Braga
2 votos
Estou esperando as leis e as benesses que beneficie pessoas como eu: pobres, feias, e anônimas; Por que já existem muitas leis que nos tratam diferentes, apesar, de existir aquela que diga, "todos são iguais"

Antonio Techy
2 votos
Nada contra o "auxílio aos necessitados", mas estão furando a fila com necessitado "mais necessitado", agora, pela sua preferência sexual. Maquiavel está ficando no chinelo com essas criações dos nossos governantes; a tática antes era jogar o pobre contra o rico, o negro contra o branco, o empregado contra o patão,conseguido isso, agora vão jogar os pobres contra os pobres. É claro, que quanto menos o povo se entender, e não conseguir se unir, mais fácil será o domínio de pequenos grupos, pelos grupos dominantes. Os conselhos maquiavélicos de "dividir para governar" e "faça leis que beneficiem um grupo em detrimento de outros, que isso fará os grupos se odiarem", está sendo seguido a risca. Estão de parabéns pela competência em gerar o caos.
2 votos
É necessário que se olhe a todos, sem distinção , que são moradores de rua e ou atendidos em albergues sejam eles municipais ou estaduais, ou seja, colocar em situação de prioridade todos que necessitam desta prioridade, sem se olhar opções, ou orientações sejam elas sexuais ou de qualquer natureza

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