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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Comunicação digital- STJ não admite REsp com assinatura digitalizada dos advogados


Comunicação digital

STJ não admite REsp com assinatura digitalizada dos advogados

Assinatura digitalizada não permite aferir a autenticidade.



MINISTRA Nancy Andrighi,
 











Pela impossibilidade de aferir a autenticidade, a 3ª turma do STJ inadmitiu REsp interposto mediante com assinatura digitalizada dos advogados. A ministra Nancy Andrighi, relatora do voto conductore, concluiu que a reprodução de uma assinatura, por meio do escaneamento, sem qualquer regulamentação, é arriscada na medida em que pode ser feita por qualquer pessoa que tenha acesso ao documento original e inserida em outros documentos.
No caso, o Tribunal de origem não admitiu o REsp por ter sido interposto por meio de cópia digitalizada. As recorrentes alegaram, contudo, que na verdade ocorreu a aposição de assinaturas digitalizadas na peça pelos advogados regularmente constituídos nos autos


Nova realidade
 
















Inicialmente, a ministra Nancy consignou que a questão da digitalização da própria assinatura dos advogados na petição de interposição do REsp não foi objeto de análise específica pelo STJ.
A relatora ponderou que o Judiciário vem se adequando à nova realidade imposta pela comunicação digital, destacando a lei 11.419/06 - dispondo sobre a informatização do processo judicial – e, no âmbito do STJ, a virtualização de praticamente todo o seu acervo e a implantação de sistema que admite o peticionamento eletrônico.
Porém, Nancy faz distinção entre a assinatura digital – que passa a ter o mesmo valor da assinatura original – da assinatura digitalizada, normalmente feita mediante o processo de escaneamento.
Note-se que não se está afastando definitivamente a possibilidade de utilização do método da digitalização das assinaturas, apenas verifica-se que ele carece de regulamentação que lhe proporcione a segurança necessária à prática dos atos processuais.”
Sobre o princípio da instrumentalidade das formas, invocado pelas recorrentes, a relatora asseverou que sua aplicação deve encontrar limites exatamente no princípio da segurança jurídica. “Não se trata de privilegiar a forma pela forma, mas de conferir aos jurisdicionados, usuários das modernas ferramentas eletrônicas, o mínimo de critérios.” Por fim, destacou que o disposto art. 365 do CPC, mencionado pelas recorrentes, não legitima a utilização da assinatura digitalizada para interposição de recursos no âmbito do STJ.
  • Processo relacionado : Resp 1.442.887
FONTE: MIGALHAS 3365

ABRIGA DO ARROZ- Empresa de produtos alimentícios não poderá usar expressão criada pela concorrente


Marcas

Empresa de produtos alimentícios não poderá usar expressão criada pela concorrente

Expressão é muito mais do que mera indicação da qualidade do grão e deve ser protegida.






Uma empresa de alimentos deve parar de utilizar a expressão "100% Grãos Nobres", criada pela concorrente. Em sua decisão, o juiz de Direito Paulo Alexandre Ayres de Camargo, da 1ª vara Cível de Jacareí/SP, afirmou que a expressão "é muito mais do que mera indicação da qualidade do grão, representando, precisamente, todo um processo de produção da mercadoria", por esta razão, o magistrado entendeu que a expressão tem característica de marca e deve ser protegida. 


 
A autora da ação, do ramo alimentício, afirma que desenvolveu e lançou no mercado, em 2010, a marca "Novo Arroz Tio João 100% Grãos Nobres", após extensa campanha publicitária e vultosos investimentos. Aduz, também, que em 18/10/10 efetuou o depósito do pedido de registro de marca junto ao INPI. 

A empresa ressalta que a requerida está anunciando, comercializando e expondo à venda produto similar com a mesma expressão criada pela ela, "100% Grãos Nobres", "inclusive com embalagem na qual constam grafia e coloração semelhantes à da requerente, praticando concorrência desleal".
Para o magistrado, autorizar que a "requerida ou qualquer outra empresa se utilize da expressão '100% Grãos Nobres' é permitir ao concorrente a divulgação de supostos controle e qualidade que muitas vezes não existem em seus produtos e, quando existem, nem sempre são equivalentes ou idênticos aos que são oferecidos pela requerente".
A empresa deverá retirar de circulação as embalagens que possuem a expressão; a pena em caso de descumprimento é de R$ 5 mil por dia. 
Também foi condenada a arcar com eventuais prejuízos financeiros da concorrente, apurados em liquidação de sentença.
Confira a íntegra da decisão.
FONTE: Migalhas 3365

AGORA É DE GRAÇA- TJ/RS Estado deve fornecer medicamentos para disfunção erétil e infertilidade


TJ/RS

Estado deve fornecer medicamentos para disfunção erétil e infertilidade.


Sendo medicamento inacessível e imprescindível à preservação da vida e da saúde, é suficiente a demonstração da existência da moléstia.






O Estado do RS foi condenado a fornecer medicamentos a um portador de disfunção erétil e infertilidade masculina pelo TJ estadual.
O autor da ação postulou administrativamente junto ao Estado o fornecimento dos medicamentos prescritos pelo seu médico para o tratamento de disfunção erétil (CID N48.4) e infertilidade masculina (CID N46), pois não possuía condições financeiras para arcar com os custos do tratamento.
O ente público negou o pedido, pois tais medicamentos não constavam na listagem de medicamentos do Ministério da Saúde.
Em sentença, a juíza de Direito da 10ª vara da Fazenda Pública de Porto Alegre Nadja Mara Zanella julgou parcialmente procedente a ação, obrigando o Estado ao fornecimento mensal dos medicamentos requisitados pelo médico do autor, até o fim do tratamento, estabelecendo a necessidade de atualização da prescrição médica a cada seis meses, e afastando o pedido de fixação de multa diária para o caso de descumprimento da decisão judicial.
Ao julgar recursos das partes, o desembargador Sérgio Luiz Grassi Beck negou seguimento à apelação do Estado do RS e proveu o recurso do autor para estabelecer multa diária no valor de R$ 100, limitada a R$ 3 mil no total.
A respeito da ausência de medicamento em listagem do Ministério da Saúde, sustentou o magistrado que tal fato, alegado pelo Estado,não é óbice à concessão do provimento postulado na demanda, pois tal argumento viola direitos fundamentais assegurados pela CF.
Completou o relator que em se tratando de demanda que visa ao fornecimento de medicamento inacessível e imprescindível à preservação da vida e da saúde da requerente, é suficiente a demonstração da existência da moléstia, com a prescrição do tratamento apropriado, e a ausência de recursos financeiros da autora para custear o tratamento.
FONTE:MIGALHAS 3365

Mulher morta após ser linchada pode virar nome de lei no Congresso

Mulher morta após ser linchada pode virar nome de lei no Congresso.

Ideia é punir quem cria boato na internet.

 

Fonte | Último Segundo 

A morte da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, agredida por dezenas de moradores de uma comunidade em Guarujá, no litoral de São Paulo, pode mobilizar a criação de uma lei que puna emissores de falsas informações em perfis da internet. Ela morreu no dia 5 de maio após ficar dois dias internada no Hospital Santo Amaro. Fabiane foi atacada por uma multidão depois da publicação de um retrato falado em uma página no Facebook de uma mulher que realizava rituais de magia negra com crianças sequestradas.

O advogado da família da vítima, Airton Sinto, revela que um projeto de lei deve ser apresentado pelo deputado federal Ricardo Izar Junior (PSD-SP). “Eu entrei em contato com o deputado, para que ele proponha o Projeto de Lei Fabiane de Jesus. Essa ideia surgiu em conjunto e espero que seja criada a figura penal daquele que, por conta de uma notícia falsa, cause um prejuízo desse tamanho”, diz.

A proposta deve ser submetida a votação na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Airton faz uma relação com a Lei Maria da Penha, que recebeu este nome em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, que por 20 anos lutou para ver seu agressor preso. Essa lei entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a mulher.

Para o advogado, medidas urgentes precisam ser tomadas, já que, segundo ele, por conta de um boato espalhado na internet, a dona de casa foi espancada e morta. “É um assunto que talvez entre em pauta hoje em Brasília. A Lei Maria da Penha foi criada por causa de uma mulher que foi espancada pelo marido, o que é muito grave. Só que esse caso da Fabiane é pior ainda, pois além de ser inocente, ela foi espancada até a morte. É preciso que os responsáveis por difundir informações inverídicas respondam criminalmente pelas suas ações”, comenta.

Advogado quer prisão de dono de perfil

O advogado destaca que a polícia continua investigando o crime, mas que o seu próximo passo será pedir a prisão temporária do administrador da página ‘Guarujá Alerta’. "Independentemente do que foi dito por ele para a polícia, eu vou pedir a sua prisão temporária”, afirma.

O delegado Luiz Ricardo Lara, que está à frente do caso, diz que ainda é cedo para apontar a responsabilidade do administrador da página. “Caso, durante a instrução do inquérito policial, seja vislumbrado que, de alguma forma, ele colaborou com o crime, na medida em que propalou esses boatos, enfim, que praticou uma infração penal, ele será responsabilizado por aquele ato”, ressalta.

O dono da página prestou depoimento à polícia e afirma estar com medo, por receber ameaças de morte, e não se considera culpado pelo crime. Em entrevista ao G1, o administrador do site, que não quis se identificar, falou sobre os principais tópicos levantados durante os últimos dias.

Passeata

Cerca de 100 pessoas participaram de uma passeata em homenagem à dona de casa. O ato ocorreu na tarde de domingo (11), em Guarujá, e durou aproximadamente 1h30.

Os manifestantes – entre eles, familiares e amigos de Fabiane – estavam com camisas em tributo à mulher morta. Durante o protesto, os participantes fizeram orações e cantaram uma música religiosa, uma das preferidas da vítima.

A mãe da dona de casa, Raimunda Maria de Jesus, também esteve na passeata. Ela falou sobre a saudade que sente da filha. "Estou com muita dor, é um momento muito difícil, principalmente hoje. Eu não tenho a minha mãe e ainda perdi a Fabiane", disse.

Por onde os manifestantes passaram, no bairro Morrinhos, a marcha recebeu apoio. Em frente a um campo de futebol da comunidade, o jogo foi interrompido para que as pessoas se pronunciassem. Os participantes andaram, ainda, até a Igreja São João Batista e a casa onde Fabiane morava com o marido e as duas filhas, Yasmin e Ester, de 12 anos e 1 ano de idade, respectivamente.

Missa

Centenas de pessoas participaram, na noite de sábado (10), de uma missa em memória à dona de casa. A cerimônia aconteceu na Igreja São João Batista, bem perto do local da agressão, e contou com a presença de cerca de 300 pessoas. Todos usavam uma fita preta na roupa, representando luto. Alguns também vestiam camisetas com uma foto e os dizeres "Fabiane – A dor da inocência".

A mãe da dona de casa, o viúvo e as filhas estavam presentes e se emocionaram durante todo o tempo. Segundo o marido, está sendo muito difícil para todo mundo. "A mãe dela está muito abalada, a Yasmin também. Hoje me senti um pouco mais aliviado. A saudade bateu, pude chorar um pouco e lembrar dela. Ela era muito amada por nós e por muitas pessoas da comunidade, tanto que vocês viram a quantidade de pessoas que estiveram aqui hoje", declarou Jaílson.

Em certo momento da cerimônia religiosa, todos cantaram uma música que a dona de casa gostava, o que causou grande comoção entre os participantes da missa.

Quem são os presos

O quinto suspeito de participar do linchamento negou ter participado da agressão sofrida pela vítima. Em entrevista, o delegado responsável pelo caso, Luiz Ricardo Lara, afirma que a própria mãe do suspeito o reconheceu pelos vídeos gravados no momento do linchamento.

Abel Vieira Batalha Junior, de 18 anos, se apresentou voluntariamente, acompanhado de um advogado, na manhã desta segunda-feira (12), e negou ter participado do crime ou sequer de estar na comunidade do bairro Morrinhos no dia em que Fabiane foi agredida. “As investigações e as próprias imagens apontam que ele participou da agressão ao amarrar a vítima com um fio de eletricidade e arrastá-la em seguida. O Abel possui tatuagens características nos braços e em uma perna, assim como no vídeo. Já havia sido apreendida uma bermuda vermelha na casa dele”, afirma.

Além das investigações, a própria mãe de Abel o teria reconhecido ao assistir as imagens do dia do linchamento, mostradas pela polícia. “Foi a mãe de Abel quem nos cedeu fotos do rapaz, que se apresentou após ver as suas imagens divulgadas pelos meios de comunicação”, conclui Lara.

Na sexta-feira (9), Jair Batista dos Santos, de 35 anos, chegou à delegacia ao lado do advogado por volta das 12h e foi direto prestar depoimento sobre o caso. A Justiça decretou a prisão temporária de Santos. Segundo a polícia, ele negou participação no crime, contradizendo o resultado das investigações.

Os outros três suspeitos presos são: Lucas Rogério Fabrício Lopes, de 19 anos, Valmir Barbosa, de 48, e Carlos Alex Oliveira de Jesus, de 23. Segundo a polícia, os três confessaram participação no linchamento da dona de casa.

Oliveira de Jesus foi preso na tarde de quinta-feira (8). Ele aparece em um vídeo segurando a vítima pelos cabelos. O homem disse, porém, que não chegou a golpear Fabiane, já que foi segurado por duas primas.

Lopes foi preso na madrugada de quinta-feira, após denúncia anônima recebida pela Polícia Militar. O rapaz é suspeito de ter passado por cima da dona de casa com uma bicicleta. Ele passou a madrugada na Delegacia Sede de Guarujá. Em depoimento à polícia, se disse arrependido. "Peço desculpas à família, estou muito arrependido. Desculpa mesmo. A gente vê a nossa mãe em casa, nossa tia, e imagina que poderia ter sido com elas. O que pesa mesmo é a consciência", afirmou.

Barbosa foi detido na terça-feira (6), no bairro Morrinhos, a mesma região onde a vítima vivia e foi atacada. Segundo a polícia, Barbosa foi reconhecido após as imagens do linchamento terem sido entregues à polícia. Ele alegou que tem filhos e que participou da ação por acreditar que as acusações à vítima – de que ela sequestrava crianças para rituais de magia negra – fossem verdadeiras. "Aconteceu e aconteceu. Não posso fazer mais nada", disse o suspeito.

O dono da página Guarujá Alerta, que divulgou o boato que levou ao espancamento e à morte de Fabiane, prestou depoimento na terça-feira. Segundo o advogado Diego Scarpa, seu cliente está sendo muito ameaçado. "São ataques injustos, estão atacando ele de forma injusta. Em momento algum, será comprovado que meu cliente postou ou incitou a população", defendeu.

Enterro

Centenas de pessoas acompanharam, na manhã de terça-feira, o enterro de Fabiane. A cerimônia, no Cemitério Jardim da Paz, em Morrinhos, reuniu familiares e amigos, que ainda não se conformam com a crueldade do crime.

Na ocasião, o marido da dona de casa disse que não sente ódio dos suspeitos. "Para mim, a ficha não caiu. Apesar da brutalidade, não guardo ódio, não guardo esse sentimento ruim no coração. Espero que não aconteça com mais famílias. Essas pessoas que a agrediram e as que assistiram e não tiveram a coragem de salvar uma pessoa inocente não deram nem tempo de defesa para minha esposa. Quero que eles reflitam e que isso não aconteça nunca com a família deles", ressaltou.

Confusão

De acordo com o inquérito, o retrato falado atribuído a Fabiane havia sido feito por policiais do Rio de Janeiro, da 21ª DP (Bonsucesso), em agosto de 2012. Na ocasião, uma mulher foi acusada de tentar roubar um bebê do colo da mãe em uma rua de Ramos, na Zona Norte da cidade.

Imagens de câmeras de segurança divulgadas na época mostraram uma mulher passando com a filha de 15 dias no colo e sendo seguida pela suspeita. A vítima estava levando o bebê para fazer o teste do pezinho em um posto de saúde. Ao sair da unidade, foi surpreendida pela sequestradora.
Fonte: Jornal Jurid

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Com mais de 2 mil páginas, inquérito sobre morte de Bernardo é entregue

Com mais de 2 mil páginas, inquérito sobre morte de Bernardo é entregue

Postado por: Nação Jurídica \ 13 de maio de 2014 
O inquérito policial que investiga a morte do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, foi entregue na manhã desta terça-feira (13) no Fórum de Três Passos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul (veja no vídeo).  O documento foi finalizado com 11 volumes e mais de 2 mil páginas e levado por agentes da Polícia Civil do município.
O resultado da investigação será apresentado em uma entrevista coletiva da Polícia Civil às 14h.
Além dos documentos, foi entregue também a bicicleta de Bernardo e uma caixa com pertences, entre eles uma faca. Durante as investigações, houve suspeita de que o menino estava com o objeto quando desapareceu, no entanto a bicicleta foi encontrada na escola. Com o inquérito em mãos, a Justiça deve dar vistas para o Ministério Público receber a documentação e, posteriormente, definir se vai oferecer denúncia contra os indiciados.

 Após a entrega da documentação, o advogado de defesa de Leandro Boldrini, Jader Marques, foi até o Fórum. Questionado se seu cliente será indiciado por homicídio, ele confirmou. "Está confirmadíssimo", disse ao G1. A defesa de Leandro disse que segue tentando ter acesso ao conteúdo do inquérito para checar se ele será alvo de pedido de prisão preventiva.
Em rápida manifestação à imprensa, em frente ao Fórum, Jader foi questionado sobre o peso de supostas escutas telefônicas na investigação da polícia. "Há algumas semanas estou à espera de uma prova definitiva que ligue Leandro ao crime. Se ligações entre advogados e familiares foram usadas para gerar esta prova, então estaremos diante de uma fragilidade absoluta do inquérito", afirmou. O inquérito da Polícia Civil segue em segredo de justiça.
Através da assessoria de imprensa, o MP informou que o órgão deve oferecer denúncias contra os indiciados até sexta-feira (16), antes do prazo legal estabelecido de cinco dias. Na ocasião, a promotora Dinamárcia Maciel vai detalhar o caso em uma entrevista coletiva. O acompanhamento direto da promotora junto à Polícia Civil agilizou os procedimentos da investigação.
Caminhada reuniu cerca de 200 pessoas, segundo Brigada Militar
Ainda durante a manhã, estudantes de escolas públicas e privadas, moradores e amigos se reuniram na praça Nereu Mertz para uma passeata em homenagem ao menino. A caminhada foi até o fórum da cidade. Depois, seguiu em direção à casa onde Bernardo morava com o pai, Leandro, e a madrasta Graciele.
Cerca de 50 pessoas, de acordo com a Brigada Militar, se reuniram na praça às 9h40. No final do ato, perto das 11h, o grupo já somava 200 indivíduos. Eles carregavam faixas com fotos do menino morto em 4 de abril. Nas mensagens, o pedido é por justiça. Um caminhão de som acompanhou o grupo, que se deslocou pelas ruas da cidade.
A dona de casa Maria de Fátima Ramos Molinar viajou de Caxias do Sul, na Serra, a Três Passos para participar do ato. "Vim de Caxias para a passeata. Acompanhei tudo pela imprensa, mas quero justiça. Não me conformo com a crueldade. Trouxe também as flores que ganhei no Dia de Mães para deixar para ele", afirmou Fátima.
O estudante Jucimar Kurtz, 14 anos, também participou da passeata. “Não era colega dele, mas nós estudantes da cidade estamos muito bravos, revoltados", disse o menino.
Entrevista coletiva esclarecerá dúvidas sobre Caso Bernardo
Apesar da investigação do caso ter sido realizada sob sigilo judicial, várias informações vieram à tona e já se sabe que pelo menos três pessoas serão indiciadas, entre elas o pai e a madrasta. Os detalhes que ainda não são conhecidos serão divulgados na tarde desta terça-feira, quando o inquérito, oficialmente concluído, será apresentado.
A entrevista coletiva que deve anunciar os indiciados pela morte está marcada para as 14h no auditório da Unijuí, em Três Passos, no noroeste do Rio Grande do Sul.
Após 30 dias, as delegadas Caroline Bamberg e Cristine de Moura e Silva vão expor os detalhes que fundamentaram as prisões preventivas dos quatro suspeitos presos: o pai, o médico-cirurgião Leandro Boldrini; a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini; a assistente social Edelvania Wirganovicz e o irmão de Edelvania, Evandro Wirganovicz.
Leandro, Graciele e Edelvania foram presos na noite de 14 de abril, quando o corpo foi encontrado em uma cova em Frederico Westphalen, no norte do estado, a 80 km de Três Passos. Já a prisão de Evandro ocorreu neste sábado (10), sendo o último fato novo após a investigação.
Fonte: G1

Toffoli é eleito presidente do TSE e comandará o tribunal nas eleições

Toffoli é eleito presidente do TSE e comandará o tribunal nas eleições

Postado por: Nação Jurídica \ 13 de maio de 2014
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Antonio Dias Toffoli foi eleito nesta terça-feira (8) presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e comandará a Justiça Eleitoral durante a campanha e as eleições de outubro deste ano. O vice-presidente do tribunal será o ministro do STF Gilmar Mendes.
A votação foi simbólica e confirmou a tradição do TSE de eleger como presidente o ministro do Supremo cujo mandato na Corte eleitoral se iniciou há mais tempo – Toffoli é ministro titular do TSE desde maio de 2012.
Dos sete ministros titulares do TSE, três são ministros do Supremo. Todos podem ficar até quatro anos na Corte eleitoral.
Além de Toffoli, os atuais integrantes são Gilmar Mendes, que tomou posse no TSE em fevereiro deste ano, e Marco Aurélio Mello, atual presidente e cujo mandato de quatro anos se encerra no mês que vem. No lugar de Maro Aurélio Mello, tomará posse como ministro titular Luiz Fux.
José Antonio Dias Toffoli tem 46 anos e é ministro do Supremo desde 2009, quando foi indicado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, foi advogado-geral da União e subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Especialista em Direito Eleitoral, já atuou como advogado do Partido dos Trabalhadores.
Após ser eleito, Toffoli elogiou Marco Aurélio Mello. "Registro a alegria de receber a presidência da Corte de vossa excelência, a quem aprendi a admirar", afirmou Toffoli.
Marco Aurélio informou que enviaria um ofício a Toffoli para a criação de uma equipe de transição para a continuidade dos trabalhos.

"VENDA CASADA" COD. CONSUMIDOR. Cinema do DF barra cliente com pipoca comprada em outro local

Cinema do DF barra cliente com pipoca comprada em outro local

Postado por: Nação Jurídica \
Um cinema que funciona em um shopping de Taguatinga, região a 25 km do Centro de Brasília, no Distrito Federal (DF), impediu que um cliente entrasse na sala de exibição de filmes com uma pipoca comprada em outro estabelecimento. O consumidor registrou queixa no Procon.
Marlos Gomes gravou em vídeo a conversa com o gerente do cinema e publicou o registro nas redes sociais. Durante o diálogo, o funcionário afirma que a pipoca é "exclusividade do cinema".
"Eu me senti lesado, amarrado, sem poder escolher o que quero comprar, onde comprar. Me senti largado naquele lugar", disse Gomes.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, proibir a entrada no cinema com lanches comprados em outro estabelecimento pode ser considerado "venda casada". A prática é proibida por lei.
Segundo a presidente da Comissão de Direito do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do DF, Ildecer Amorim, o cliente deve procurar os órgãos de defesa quando for impedido de entrar com produtos comprados em outros estabelecimentos.
"O consumidor tem sempre que denunciar. Ele aciona o Procon, órgão competente por aplicar a penalidade. Nesse caso, a penalidade é de multa. E, caso haja constrangimento, ele pode ajuizar ação requerendo indenização por dano moral", explica.
A rede Cinemark, responsável pelo cinema, informou que já foram tomadas medidas para que situações como essa não voltem a acontecer.