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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Reajustes de Planos de Saúde

Reajustes de Planos de Saúde

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Publicado por Flavia Miranda Oleare

Verificamos que as pessoas têm muitas dúvidas quando o assunto é reajuste de plano de saúde.
Sempre recebemos consultas questionando se o reajuste é ou não abusivo. As consultas normalmente têm por objeto dúvidas em relação à divergência entre o reajuste da ANS e o reajuste que o plano que o cliente possui, que normalmente, é em percentual superior ao fixado pela ANS.

Para entendimento da questão, é necessário esclarecer que existem dois tipos de planos, o individual e o coletivo.
O plano individual é aquele em que o cliente contrata diretamente com a Operadora do Plano de Saúde.
O plano de saúde coletivo é aquele em que o cliente adere a um plano já existente, como por exemplo, o plano do Sindicato dos Comerciários, o plano do CRM, da OAB, etc. 
Neste caso, a pessoa física apenas adere a um plano de saúde que é contratado entre duas pessoas jurídicas. Nos exemplos acima, os Contratantes são o Sindicato, o CRM e a OAB e o contratado é o Plano de Saúde. O cliente, pessoa física, apenas adere a um contrato já existente.

A ANS, Agência Nacional de Saúde, que é a Autarquia responsável por regular qualquer questão atinente a planos de saúde, estabelece que a forma de reajuste é diferenciada, seja o plano individual ou coletivo.
Para os planos individuais, a ANS estabelece anualmente os reajustes, que nos últimos anos têm variado em torno de 10% (às vezes um pouquinho menos, outras, um pouquinho mais).

Já nos planos de saúde coletivos, a situação é diferente. Neste caso, a ANS NÃO estabelece o percentual de reajuste, deixando esta questão para livre negociação entre as partes. O entendimento dela é de que como haverá uma negociação entre duas empresas, ela não precisa intervir nesta questão.

O reajuste do plano coletivo é feito com base em elementos estatísticos de frequência de uso, carência, tributos e reposição de custos. Assim, se o cliente estiver em um grupo em que a utilização de um plano é muito alta por parte de alguns usuários, o reflexo no aumento será para todo o grupo. Dependendo do tamanho do grupo, um único usuário pode aumentar sobremaneira a sinistralidade e o grupo todo pagará por isso na hora do reajuste.
Infelizmente, esta informação não é de conhecimento geral e as pessoas acabam optando por planos coletivos sem saber exatamente o produto que estão adquirindo.
O Plano individual, normalmente, tem um valor inicial mais alto, no entanto, como o reajuste dele é definido pela ANS e tem girado em torno de 10%, a elevação das mensalidades tem sido, de certa forma, previsível.
Não é esta a realidade dos planos coletivos, pois os reajustes são imprevisíveis e já vimos reajustes de mais de cem por cento.
De todo modo, é sempre possível recorrer ao Judiciário para que abusos sejam coibidos, mas é muito importante que as pessoas disponham de tal informação para que possam fazer uma opção consciente ao adquirir um plano de saúde.
Por fim, esclarecemos que neste informativo, nós nos limitamos a falar sobre o reajuste anual, mas além deste, existe também o reajuste por faixa etária, que previsto em lei, sobre o qual falaremos em outra oportunidade
Flavia Miranda Oleare
Advogada, inscrita na OAB/ES 306-B, sócia da Oleare e Torezani Advocacia e Consultoria, situado em Vitória/ES (site: www.oleareetorezani.com.br). Graduada pela PUC de Campinas em 1998; Pós-graduada em Direito Processual Civil, em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho na UNISUL, em Direito Civil...


Comentários
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Até aonde iremos chegar com preços abusivos dos planos de saúde. Os empresários destas grandes empresas se aproveitam que nosso sistema de saúde pública esta completamente falida e cobra horrores da população, ainda mais caro daqueles que já passou dos 50 anos. Isso é uma vergonha. E ainda por cima o grande e maravilhoso governo deixa que estes empresários disfarçados de lobos aumentem ainda mais os valores.
1 voto
Até concordo que os preços são altos, mas a instituição privada de plano de saúde precisa ter fundos para dar a cobertura imposta pela ANS que não é pequena. E além da cobertura imposta pela ANS, dar a cobertura imposta pelo judiciário que algumas vezes não está nem prevista na relação contratual entre cliente e operadora de plano de saúde. Cito como exemplo ao colega as elevas decisões dos Tribunais de São Paulo para fornecimento de um determinado medicamento IMPORTADO para tratamento de Hepatite C, que sequer está registrado na ANVISA. Infelizmente o elevado valor de impostos recolhidos do povo não é suficiente para dar uma saúde de qualidade, fazendo com que aqueles que podem e tem alguma condição financeira recorram ao sistema de saúde privada e assim arquem com o preço que lhes é cobrado. É o custo que se paga para ter uma pequena dignidade na saúde.
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Alguém, atualmente, consegue contratar plano individual?
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Lucas Alencar, hoje em dia, realmente, quase não se vê operadoras disponibilizando planos individuais. A que eu tenho conhecimento que ainda vende, é a Bradesco. Abraços!
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Conheço várias que atuam no mercado com planos individuais: Unimed Cuiabá, Unime Rondonópolis, Unimed Bahia, Unimed Rio...

Abraços..
1 voto
Aqui, está uma situação completamente alarmante, devido, o que! a situação está fora de controle, aumentam quanto querem, e não temos um órgão a altura de fiscalizar esses absurdos que praticam contra os conveniados, uma vergonha....acorda...Brasil..
1 voto
Até concordo que os preços são altos, mas a instituição privada de plano de saúde precisa ter fundos para dar a cobertura imposta pela ANS que não é pequena. E além da cobertura imposta pela ANS, dar a cobertura imposta pelo judiciário que algumas vezes não está nem prevista na relação contratual entre cliente e operadora de plano de saúde. Cito como exemplo ao colega as elevas decisões dos Tribunais de São Paulo para fornecimento de um determinado medicamento IMPORTADO para tratamento de Hepatite C, que sequer está registrado na ANVISA. Infelizmente o elevado valor de impostos recolhidos do povo não é suficiente para dar uma saúde de qualidade, fazendo com que aqueles que podem e tem alguma condição financeira recorram ao sistema de saúde privada e assim arquem com o preço que lhes é cobrado. É o custo que se paga para ter uma pequena dignidade na saúde.
1 dia atrás Editar Apagar

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