FONTE: MIGALHAS POLÍTICA E ECONOMIA Nº 275 
O ministro antepôs a economia, que é um meio, 
frente à segurança e ao bem estar da população, que deveria ser um fim. Parece 
que tudo está invertido. 
O fim neste momento para o Palácio do Planalto é bem 
outro : a reeleição da presidente Dilma. É por ela que os carros sem segurança 
vão ganhar uma sobrevida. 
O temor real do governo é que um pouco mais de 
inflação e algum possível desemprego influam no ânimo dos eleitores. Como a 
política antiinflacionária está cambeta, ou seja, se combate mais o índice do 
que os fatores inflacionários, é preciso continuar com manobras que segurem 
artificialmente os índices que medem a inflação. O padrão incluía o controle dos 
preços da gasolina e do óleo diesel. Agora, inclui até air bags e freios 
de carros. Este será o padrão para quase tudo em 2014.
Pode até recuar, mas... Depois das reações negativas ao recuo na segurança dos automóveis, inclusive em algumas áreas do próprio governo, o Palácio do Planalto apressou-se em avisar que ainda não há uma decisão definitiva a respeito da questão. Teria o ministro da Fazenda, um dedicado e obediente auxiliar da presidente Dilma, falado demais e anunciado o que ainda é apenas um estudo ? Parece improvável. O governo pode até recuar agora, mas o estrago político já está feito. Para amenizar, o negócio será jogar a culpa para as montadoras : já se diz que foram elas que pediram o adiamento. Não é nada improvável. Porém, o governo não deveria ter levado isto em consideração nem por um instante sequer.
 
 
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