Ministro Teori reconsidera e mantém presos investigados na operação Lava Jato
Ministro Teori Zavascki revogou mandados de prisão expedidos em decorrência da investigação. 
terça-feira, 20 de maio de 2014
O ministro Teori Zavascki,
 do STF, reconsiderou e determinou que as prisões da operação Lava Jato 
sejam mantidas até que ele analise os processos e inquéritos do esquema 
de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Na decisão, ele assegurou 
liberdade apenas ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que foi
 solto pela manhã. 
A decisão se deu após o 
juiz Federal Sérgio Moro, do PR, ter enviado ofício ao ministro 
questionando a decisão que suspendeu os inquéritos e ações penais 
relacionados à operação Lava Jato.
Nesta segunda, 19, o ministro havia determinado a revogação dos mandados de prisão expedidos em decorrência da investigação, além da remessa imediata de todos os autos ao STF.
A decisão se deu em caráter liminar na reclamação feita pelo advogado Fernando Augusto Fernandes, do escritório Fernando Fernandes Advogados, que representa Paulo Roberto Costa, para questionar a competência do juízo da 13ª vara Federal da seção Judiciária do Paraná.
Nesta segunda, 19, o ministro havia determinado a revogação dos mandados de prisão expedidos em decorrência da investigação, além da remessa imediata de todos os autos ao STF.
A decisão se deu em caráter liminar na reclamação feita pelo advogado Fernando Augusto Fernandes, do escritório Fernando Fernandes Advogados, que representa Paulo Roberto Costa, para questionar a competência do juízo da 13ª vara Federal da seção Judiciária do Paraná.
O ministro argumentou 
que, como há indícios de participação de parlamentares, o foro 
competente para determinar as investigações é o STF e determinou a 
remessa imediata dos autos ao Supremo. 
"Sendo relevantes os fundamentos da reclamação, é de se deferir a liminar pleiteada, até para que esta Suprema Corte, tendo à sua disposição o inteiro teor das investigações promovidas, possa, no exercício de sua competência constitucional, decidir com maior segurança acerca do cabimento ou não do seu desmembramento, bem como sobre a legitimidade ou não dos atos até agora praticados".
Para o juiz Sérgio Moro, o esclarecimento do alcance da decisão é necessário "a
 fim de evitar que os processos, a ordem pública e a aplicação da lei 
penal sejam expostas a riscos por mera interpretação eventualmente 
equivocada". Segundo ele, há outros processos que não foram 
informados ao Supremo na semana passada, inclusive uma ação penal que 
envolve o tráfico de 698 quilos de cocaína e que um dos presos foi 
detido na Espanha. "Há indícios de que compõe grupo organizado 
transnacional com diversas conexões no exterior e dedicado 
profissionalmente ao tráfico de drogas."
Operação Lava Jato
Deflagrada em março deste
 ano, a operação investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro que
 teria movimentado cerca de R$ 10 bi. O personagem central era o doleiro
 Alberto Youssef, que foi preso na ocasião, no entanto, as investigações
 apontaram o envolvimento do doleiro com Paulo Roberto Costa e com o 
deputado André Vargas. Segundo a PF, o doleiro também mantinha relações 
com outros políticos.
- 
Processo relacionado: RCL 17623
A reclamação corre em segredo de Justiça no STF. Veja abaixo a íntegra:
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Do ofício assinado enviado pelo juiz Sérgio Moro.
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Do alvará de soltura de Paulo Roberto Costa, assinado por Sérgio Moro.Fonte: Migalhas 3370
 
 
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