Invasores do Instituto Royal podem responder por três crimes
Foto do Instituto Royal depredado.
Fonte Consultor Jurídico -
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A
invasão de ativistas ao Instituto Royal, com o objetivo de salvar os
cães que lá estavam para servir de cobaias para testes medicinais, vem
gerando uma grande polêmica na sociedade e repercutindo muito na mídia.
Independentemente de qualquer coisa, este fato já está servindo para que
possamos discutir a questão envolvendo a utilização de animais em
experimentos científicos, sendo que as próprias leis que tratam da
matéria merecem uma revisão mais detida.
Cabe ressaltar que com
esse artigo não objetivamos nos imiscuir no mérito da questão, ou seja,
não intencionamos discutir se as pesquisas com animais são legítimas ou
não, morais ou imorais etc. Muito embora nos pareça que essa discussão
esteja contaminada por muita hipocrisia, na medida em que muitas pessoas
se colocam contra esses métodos, mas não deixam de utilizar os remédios
que são frutos dessas pesquisas, ou são frequentadores assíduos de
churrascarias, ou, ainda, se utilizam de casacos de pele de urso, entre
tantos outros exemplos. E os ratinhos, coitados, não merecem a mesma
proteção? Afinal, eles também sofrem! Isso para não mencionar aqueles
que levantam a bandeira dos animais, mas não têm compaixão com o próximo
e muitas vezes causam sofrimento físico ou psíquico aos seus próprios
familiares.
Enfim, essa discussão poderia ir longe, mas o
objetivo dessa abordagem é apenas analisar a referida invasão sob o
ponto de vista jurídico-penal. Antes, contudo, devemos consignar que as
impressões que serão expostas ao longo do texto foram pautadas pelas
informações que estão sendo veiculadas na mídia. Nesse contexto,
ressaltamos que as autoridades responsáveis pelo caso são as mais
indicadas para emitir qualquer opinião sobre o assunto, até porque
apenas tais autoridades conhecem os detalhes da ocorrência.
Feitas
essas considerações, passamos a analisar o caso de uma maneira jurídica
e consentânea com a legalidade. Num primeiro momento, nós não podemos
nos esquecer que existem leis no nosso país e que estas devem ser
respeitadas por todos, sendo dever do Estado zelar pela sua observância
e, ao mesmo tempo, também respeitá-las. É isso que chamamos de Estado
Democrático de Direito.
Tomando por base a reportagem exposta recentemente no programa Fantástico,
da Rede Globo, ao que tudo indica, o Instituto Royal funcionava nos
termos das leis que regulamentam a matéria. Também foi divulgado na
mídia que o Ministério Público estava investigando o instituto há quase
um ano, sendo que durante esse período não foi consta...
NOSSA OPINIÃO:
No Brasil infelizmente pontos de vistas pessoais ou de certas entidades vêm desrespeitam as leis vigentes do Brasil que é país de estado democrático, sob o manto de estarem "defendendo" um bem maior ou mesmo de animais, como no caso do Instituto Royal. A prevalecer o desrespeito as leis vigentes, porque não também admitir o quebra quebra dos black bloc, que foram repudiados por 94% pela população? Os mesmos direitos dos invasores do Instituto Royal, são os mesmos dos Black blocs em seus quebra quebra. Ou aceitamos passivamente o anarquismo e o extremismo absoluto destas duas entidades que desrespeitam as leis vigentes, ou reconheçamos que a legalidade é um bem maior e de valor essencial e melhor para um estado democrático de direito. Assim, do ponto de vista jurídico quem os defende está no mesmo patamar de aceitar a ilegalidade como um "bem coletivo" ao invés do estado democrático de direito.
ROBERTO HORTA adv. em BHTE.
ROBERTO HORTA adv. em BHTE.
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