Participante do Mais Médicos faz críticas ao programa
Publicado por Supremo Tribunal Federal 
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Último
 expositor a participar do primeiro dia de audiência pública, o médico 
William José Bicalho Hastenreiter Paulo, que participa do Mais Médicos, 
apresentou duras críticas ao programa e disse que espera não sofrer 
retaliações ou represálias por sua participação no debate travado no 
Supremo Tribunal Federal (STF). 
Para ele, o programa tem fins 
eleitoreiros e não é verdade a assertiva de que os médicos estrangeiros 
foram para locais recusados pelos colegas brasileiros.
Isso é uma
 completa falácia, enfatizou. Segundo ele, há médicos estrangeiros 
atuando em locais para os quais profissionais brasileiros não 
conseguiram se inscrever. Em contato com o Ministério da Saúde, por 
email ou pelo telefone 136, médicos brasileiros teriam relatado 
dificuldades para selecionar tais locais, e teriam recebido a informação
 de que naquele momento a prioridade era dos estrangeiros. Se isso 
consta do edital do Programa Mais Médicos, não está sendo seguido, 
avisou.
William Hastenreiter Paulo afirmou que, enquanto a 
carreira de médico não se tornar uma carreira de Estado, persistirão os 
problemas enfrentados por sua categoria. Ele manifestou apoio à Proposta
 de Emenda Constitucional 454/09 que tem esse objetivo. Apresentada 
pelos deputados Ronaldo Caiado e Eleuses Paiva, a PEC altera o Título 
VIII, Capítulo II, Seção II Da Saúde -, da Constituição
 de 1988, estabelecendo que, no serviço público federal, estadual e 
municipal, a medicina será privativa dos membros da carreira única de 
médico de Estado, organizada e mantida pela União.
O médico 
afirmou que, embora seja profissional formado, tem o status de 
estudante-bolsista no programa, o que violaria a legislação trabalhista.
 Para ele, somente uma política pública efetiva será capaz de fixar os 
médicos em locais distantes e nas periferias de cidades maiores, tendo 
em vista que o Mais Médicos tem duração de três anos. O expositor também
 questionou os termos do acordo com Cuba para o envio de médicos daquele
 país, que será responsável pelo envio de R$ 1,5 bilhão para a ditadura 
castrista. Foi feito às escuras: até hoje não sabemos ao certo como 
ocorre o pagamento dos médicos cubanos e esse dinheiro poderia estar 
sendo investido no Brasil, afirmou.
Fonte: JusBrasil 
 
 
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