Esforço concentrado
Plenário do Senado pode votar novo Código de Defesa do Consumidor em julho.
O
relator do projeto que faz mudanças no Código de Defesa do Consumidor, o
senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), tem a expectativa de que a pauta do
esforço concentrado da casa, previsto para a primeira semana de julho,
inclua a votação da proposta no Plenário.
Ferraço rechaça a
hipótese de o texto, que está na pauta de votações do Plenário, ainda
ser enviado à Comissão de Constituição e Justiça para análise. “O que
precisamos é votar em Plenário e democraticamente, no debate e no voto,
decidir. Acho que voltar para qualquer das comissões é um retrocesso”,
diz.
Na Comissão Temporária de Modernização do CDC, o relatório
final foi aprovado por unanimidade em março e tratou de temas como o
comércio eletrônico, o superendividamento e o fortalecimento dos
Procons. O relator explica que o texto trata do aumento da
responsabilidade ambiental da empresa, da restrição a spams, da
ampliação dos direitos de devolução e de mais proteção para o consumidor
no comércio eletrônico internacional.
O relatório também prevê a
identificação da localização física do negócio virtual e mais clareza na
descrição dos produtos vendidos. A responsabilização solidária entre o
site de compra coletiva e o fornecedor do produto ou serviço ofertado —
acatando emenda do senador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) — e a
obrigação de o fornecedor informar de imediato qualquer suspeita de
vazamento de dados, também constam do texto de Ferraço. Ele destacou que
o direito de arrependimento para compras na internet fica em sete dias,
como no comércio normal.
Em relação ao superendividamento, o
relatório pede restrições à publicidade de crédito, limites à
contratação de crédito consignado e regras mais rígidas para a
publicidade destinada às crianças, como a proibição à discriminação a
quem não tem um determinado brinquedo ou tornar a criança como porta-voz
do consumo.
Projetos estudados
Para a atualização da legislação, os senadores estudaram três projetos de lei (PLS 281, 282 e 283 de 2012), apresentados pela comissão especial de juristas que analisou o tema. A comissão, criada em dezembro de 2010 ainda na gestão de José Sarney (PMDB-AP), foi presidida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça Herman Benjamin. O colegiado organizou 37 audiências públicas com senadores, procuradores e organismos de defesa do consumidor.
Para a atualização da legislação, os senadores estudaram três projetos de lei (PLS 281, 282 e 283 de 2012), apresentados pela comissão especial de juristas que analisou o tema. A comissão, criada em dezembro de 2010 ainda na gestão de José Sarney (PMDB-AP), foi presidida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça Herman Benjamin. O colegiado organizou 37 audiências públicas com senadores, procuradores e organismos de defesa do consumidor.
O PLS 281/2012 regulamenta as compras pela
internet, ao criar uma nova seção no código para tratar de comércio
eletrônico. As novas regras tratam da divulgação dos dados do fornecedor
e das penas para práticas abusivas contra o consumidor, entre outras
previsões. Outro projeto, o PLS 283/2012, trata do crédito ao consumidor
e previne o super-endividamento. Entre as medidas propostas no texto
estão a proibição de publicidade com referência a expressões como
“crédito gratuito”, “sem juros”, “sem acréscimo”; a criação da figura do
“assédio de consumo”, quando há pressão para que o consumidor contrate o
crédito; e a instituição da conciliação para estimular a renegociação
das dívidas dos consumidores.
O relatório também pretende ampliar o
poder dos Procons, dando a esses organismos a autonomia para
intermediar a conciliação entre vendedor e comprador e até negociar a
devolução de valores, quando for o caso. A ideia é desafogar a Justiça
com esse tipo de demanda.
Segundo o secretário-geral da Mesa e
diretor-geral do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, a
próxima semana de esforço concentrado para votações em Plenário está
agendada para os três primeiros dias de julho. Também está prevista
outra semana de esforço concentrado logo depois da Copa do Mundo, nos
dias 16 e 17 de julho. Com informações da Agência Senado.
Clique aqui para ler o relatório final.
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