Dilma já usa ‘rolezinho' contra a oposição
Estratégia também prevê a aproximação de jovens das periferias e nas redes sociais
Fábio Guibu, Tânia Monteiro e Vera Rosa -
FONTE O Estado de S. Paulo
Em mais uma tentativa de se contrapor ao PSDB, o governo
Dilma saiu em defesa dos jovens que promovem "rolezinhos" nos shoppings
e tentou acusar os adversário de fazer discriminação social. Na
avaliação do Palácio do Planalto, o apoio à manifestação não apenas
serve de antídoto a possíveis atos de vandalismo como ajuda a aproximar a
presidente Dilma Rousseff de jovens da periferia, nas redes sociais,
neste ano de eleições.
Márcio Fernandes/Estadão
Entrada principal do Jardim Sul ficou lotada de manifestantes
Responsável pelo diálogo com os movimentos sociais, o ministro-chefe
da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, criticou a
repressão policial aos "rolezinhos" em São Paulo e a concessão de
medidas liminares, por parte da Justiça, a lojistas de shoppings,
receosos com o movimento dos jovens da periferia.
Gasolina no fogo.
"Mais uma vez, a ação inadequada
da polícia acabou botando gasolina no fogo", afirmou Carvalho, que
esteve nesta quinta-feira, 16, no Recife, onde participou de dois
encontros com jovens de Pastorais da Juventude da Igreja Católica. "Eu
não tenho dúvida de que a concessão dessas liminares (para proteger os
shoppings contra os rolezinhos) também é um erro. Para mim é, no mínimo,
inconstitucional." O ministro disse que "os conservadores deste País"
devem se conformar que os direitos vieram para todos. "Qual o critério
que você vai selecionar uma pessoa da outra? É a cor, é o tipo de roupa
que veste? Tudo isso implica preconceito, no prejulgamento de uma pessoa
e fere a Constituição", insistiu Carvalho.
Para a chefe da Secretaria da Igualdade Racial, Luiza Bairros,
declarações como as do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que
chamou os manifestantes de "cavalões", podem acirrar os ânimos. Para
ela, a intenção dos jovens da periferia é totalmente pacífica, mas a
reação "preconceituosa" das pessoas brancas tende a causar problemas.
Na terça-feira, Dilma chamou ao Palácio do Alvorada os ministros
Carvalho, Luiza Bairros, José Eduardo Cardozo (Justiça) e Marta Suplicy
(Cultura). "Ela nos alertou a ter cuidado ao tratar do assunto", contou o
secretário-geral da Presidência. "Não dá para embarcar nessa história
de repressão."
A ordem do Planalto é para tratar o assunto com naturalidade e,
sempre que possível, criticar a posição de parlamentares do PSDB e do
governador Geraldo Alckmin, candidato ao segundo mandato. É em São
Paulo, maior colégio eleitoral do País, que o PT vai disputar com
Alckmin a agenda da segurança.
Dilma, porém, não quer que o ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo - em férias a partir desta sexta-feira, 17, - entre nesse tema.
Motivo: o Planalto fará de tudo para não passar a impressão de que a
presidente está preocupada com depredações e com mais uma crise de
segurança, em uma reedição dos protestos de junho.
Monitoramento.
Na prática, a orientação do Planalto é
apenas para que ministros monitorem atentamente os "rolezinhos",
principalmente na internet, com o objetivo de evitar que as
manifestações sejam apropriadas por vândalos e black blocs. "A gente tem
de ter a humildade de observar primeiro, de acompanhar e procurar
entender mais profundamente do que se trata", disse Carvalho. "Todos nós
precisamos ter cuidado para não querer dar uma de sábios."
NOSSA OPINIÃO:
É MAIS UMA PROVA DO DESGOVERNO DA DILMA ESPERO QUE ISTO TENHA INFLUÊNCIA CONTRA O GOVERNO NAS ELEIÇÕES. AO INVÉS DISSO ESTES JOVENS TÃO PREOCUPADOS COM O "SOCIAL"! PODERIAM AJUDASR EM "ROLEZINHOS" DO BEM AOS MAIS NECESSITADOS.
ROBERTO HORTA ADV. EM BH
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