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sexta-feira, 27 de março de 2015

ALEGAÇÃO DE INSANIDADE Juiz do caso Eike vai responder a cinco processos no TRF-2

ALEGAÇÃO DE INSANIDADE

Juiz do caso Eike vai responder a cinco processos no TRF-2.

Resultado de imagem para juiz federal Flávio Roberto de Souza

O juiz começou a ser julgado nesta quinta-feira (26/3) no Órgão Especial do TRF-2, em sessão fechada. Dois procedimentos, distribuídos ao desembargador Marcus Abraham, tratam do uso do carro do empresário pelo juiz e as declarações que ele deu à imprensa de que o uso de material apreendido em processos, por juízes, seria uma prática normal.
Outro processo, entregue à relatoria do desembargador André Fontes, trata do desvio de US$ 150 mil e 108 mil euros apreendidos em outro processo criminal. A quarta ação, distribuída ao desembargador Reis Friede, é sobre o sumiço do dinheiro de Eike Batista apreendidos pela Polícia Federal. E a última, que será relatada pela desembargadora Nizete Lobato, trata da acusação de desvio do dinheiro derivado da venda antecipada de bens apreendidos em outra ação penal.
A abertura dos processos administrativos disciplinares decorre da apreciação das sindicâncias conduzidas pela Corregedoria Regional Federal da 2ª Região, e da correição feita pelo órgão na 3ª Vara Criminal Federal. No julgamento, o Órgão Especial decidiu derrubar o sigilo do caso. Segundo explicou o TRF-2, o segredo não é mais necessário já que todas as diligências necessárias foram cumpridas nas sindicâncias.
Invalidez

Em nota, o tribunal informa que a defesa do juiz disse que as atitudes do juiz decorrem de problemas psiquiátricos e, por isso, pediu a aposentadoria dele por invalidez. Para corroborar a tese, a defesa teria citado as licenças médicas sucessivas concedidas à Souza. Procurado pela reportagem, o advogado Renato Tonini, que defende o juiz, não quis falar sobre a linha adotada pela defesa. Mas confirmou o fim do sigilo dos processos, assim como a abertura de cinco procedimentos administrativos contra o juiz.
No comunicado, o TRF-2 acrescentou que adotou medidas para rastrear os valores desviados e que “é certo que nos próximos dias a maior parte desse montante já terá sido recuperado”. A comunicado também diz que entre “as providências cabíveis nos processos disciplinares, está a de compelir o magistrado a ressarcir o que não tiver sido imediatamente devolvido”.
Além dos processos administrativos disciplinares, Souza responde a uma ação cautelar movida pelo Ministério Público Federal, que poderá dar origem a uma denúncia criminal ao próprio TRF-2. O juiz segue afastado do cargo por tempo indeterminado.
Flagrante

Então responsável pela condução dos processos contra Eike Batista, Flavio Roberto de Souza passou de juiz a réu após ter sido flagrado dirigindo o Porsche Cayennne do empresário, ao chegar na sede da Justiça Federal, no Centro do Rio.
O flagrante aconteceu no último dia 24 de fevereiro. Na sequência, vieram à tona outras denúncias — a de que o juiz havia guardado, na garagem do prédio onde mora, outros dois veículos de luxo do empresário e a de que havia dado a um vizinho a guarda do piano do ex-bilionário. Em entrevistas, o juiz disse que a utilização de bens apreendidos pela Justiça “seria uma prática normal, adotada por vários juízes”.
Além das ações administrativas abertas pelo TRF-2 para apurar os episódios, Souza responde a outros dois processos disciplinares no Conselho Nacional de Justiça. As ações foram abertas a pedido dos advogados de Eike Batista e da seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados.
Souza foi afastado dos processos contra ex-bilionário, inicialmente, por decisão administrativa da corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, tomada no dia 26 de fevereiro. No dia 5 de março, a transferência dos processos contra o empresário para outro juiz foi confirmada na esfera judicial pela 2ª Turma Especializada, ao julgar uma exceção de suspeição contra Souza. No dia 9 de março, o TRF-2 o afastou de suas funções de magistrado. Ele pediu licença do cargo por motivos médicos.
 é correspondente da ConJur no Rio de Janeiro.

FONTE Revista Consultor Jurídico, 26 de março de 2015.





COMENTÁRIOS DE LEITORES

2 comentários

É LOUCO, MAS.....

Fernando José Gonçalves (Advogado Sócio de Escritório - Civil)

não rasga dinheiro. Muito ao contrário, incorpora o dinheiro e patrimônio dos outros ao seu próprio, como um amálgama natural, bem ao estilo do Brasil de hoje. Infelizmente vários outros tantos "loucos" como ele (já que informou a identidade e normalidade de tal conduta por seus pares) estão judicando neste país afora e como a proporção entre "Loucos" e "Eikes" é infinitamente desigual, tudo continuará como d'antes no quartel do Abrantes.

Falta a divulgação, pelo C.N.J. da situação dos procedimentos administrativos contra os outros juízes, a saber:

a) O da deidade contestada, que mandou prender a agente que ousou barrá-lo numa blitz de trânsito só porque estava sem carteira, sem documentos do carro e sem placas no veículo, somada a providência a ser tomada quanto a TODA CÂMARA DE DESEMBARGADORES que ratificou a sentença de 1º grau, por V.U. (e seu prolator) em favor do colega, prestigiando o cantor "Caetano Veloso" na canção "sem lenço e sem documento, nada no bolso ou nas mãos" -exceto a carteirinha de juiz-

e

b) O Magistrado afetado e folgado, que mandou prender vários funcionários da empresa aérea, que não quiseram mandar parar o avião, já em processo de decolagem, para que a divindade, nele representada, embarcasse; desta feita nos moldes da canção pré-histórica (1.967) "PARE AGORA", da "famosíssima" cantora da Jovem Guarda, "Vanderléia".

AGILIDADE MUITO ESTRANHA

Marcos Alves Pintar (Advogado Autônomo - Previdenciária)

Que rápido. Geralmente processo contra juízes ficam 5 ou 10 anos apenas nas "investigações".

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