Total de visualizações de página

quinta-feira, 26 de março de 2015

Cotas Raciais nos Concursos: o exagero só atrapalha




Cotas Raciais nos Concursos: o exagero só atrapalha.



Publicado por William Douglas - 1 dia atrás
93
Muitos juízes me consideram estranho porque também sou um empreendedor. Entre empreendedores, alguns me acham um estranho, por ser um juiz. Muitos cristãos me acham liberal demais, e alguns ativistas me acham conservador demais. Entre brancos, alguns estranham que eu seja do movimento negro; no movimento negro já fui discriminado por ser... Branco! Já até me falaram para ficar calado, que era bem-vindo, mas que devia ficar apenas ouvindo. Aliás, o movimento negro tem alguns ativistas que prejudicam o povo negro só para sustentar suas teorias. Já ouvi: “Branco, fica calado!”.
Muitos se apresentam como cristãos, mas discriminam e odeiam tanto que fazem por merecer as palavras de Jesus: “os publicanos e as meretrizes entrarão primeiro que vós no reino de Deus” (Mateus 21.28-31). Por que ser tão radical na religião sem ser radical no amor que a própria religião recomenda? Um mistério. Nem por isso ficam atrás alguns ativistas do movimento gay, vez que nos espaços onde são maioria agem igualzinho aos “fanáticos religiosos” que tanto criticam. Repito: a disputa hoje é não pela igualdade, mas pelo “privilégio” de exercer a tirania.
O exagero dos religiosos que sempre se recusaram a legislar sobre a união homoafetiva obrigou o STF a proferir decisão que, com o bom efeito de atacar a discriminação, certamente teve origem em Poder da República a quem não compete legislar. E este é um perigoso precedente. Isto não tem a ver com o mérito da causa, mas com o respeito à Constituição. Pênalti marcado de forma equivocada deveria incomodar até aos torcedores do clube favorecido. Não no futebol? Ok, futebol é paixão, mas uma República não se faz com acomodações nem favoritismos.
Alguns ativistas gays exageram na redação das leis anti-homofobia, ou nas campanhas que a pretexto de evitar a discriminação se transmutam em apologia de opção. No afã de defender suas teses prejudicam até sua causa, e não menos os interesses comuns, de tantos cristãos e tantos ativistas, de termos um país menos injusto e menos discriminador, onde se respeite a diversidade. Nessa questão, é óbvio que os casais homossexuais precisam ser respeitados e a homofobia combatida. Igualmente, devemos evitar a teofobia, a apologia (de qualquer dos lados) paga pelo erário e a intenção de muitos de definir como deve ser o pensamento e opinião alheios.
As ações afirmativas raciais são outro espaço onde os exageros podem atrapalhar o consenso e o progresso das lutas sociais, que são dever moral de nosso tempo. E sobre elas quero pontuar o exagero da vez e, por isso, um desserviço à causa. Sou defensor das cotas raciais há tempos, já por duas vezes as defendi em audiências públicas no Senado Federal. Escrevi inúmeras vezes artigos em defesa delas, e publiquei, como editor, livros em sua defesa. Invariavelmente ouço ou leio amigos e leitores magoados comigo por eu defender as cotas raciais. Me perdoem, defendo sim.
Pois bem, exatamente por defendê-las venho aqui dizer que quem as conseguiu está perto de começar a destruí-las. Como sempre, pelo exagero. Pela mania humana de, podendo, ir além do que deve. Volto a citar: “A lei, ora a lei, o que é a lei se o Major quiser?” – O que é bom-senso, justiça, razoabilidade, autolimitação dos próprios atos quando o detentor temporário do poder pode ir além?
Segundo li, setenta por cento dos beneficiados pelo Bolsa Família são negros. Nesse sentido, as cotas sociais, se aprovadas, iriam beneficiar mais negros do que os pretendidos 50% dos quais tanto se fala quando o assunto são as cotas raciais. Vendo os percentuais de negros mais pobres, isso é evidente. Já sustentei essa tese, mas falaram para eu não insistir nela porque alguns ativistas do movimento negro preferem a tese da “cota racial”. Vejam, a cota social teria o mesmo ou até mais aprofundado efeito, mas o que são mais irmãos negros na faculdade em face da minha tese?
Vale anotar que insistirei nas cotas raciais pelo menos até que venham as cotas sociais com o devido financiamento e estrutura. Até lá, as cotas raciais ajudam a responder pela urgência de se consertar um país que ainda precisa de alforria. Ou seja, até que se implante um sistema melhor de modo eficiente, não podemos abrir mão dos outros instrumentos possíveis, mesmo que não sejam os ideais.
E onde chegamos? Nas cotas raciais nos concursos. Eis o homem, outra vez, abusando. Já que passaram as cotas nas universidades, porque não também nos concursos? E nas empresas? “Exageremos outra vez! Façamos o que podemos! Aproveitemos o poder para inverter a mão dos abusos!”
Reparem: uma coisa é colorir de todas as nossas cores todos os lugares. Ver negros nos restaurantes finos, ver negras desfilando nas Fashion Weeks, isso será ótimo. Outra coisa é, no afã de acelerar este, de fato, vagarosíssimo processo, errar a mão e prestar um desserviço a todos, inclusive à própria causa.
Não devemos ter cotas raciais nos concursos, como se propõe. Uma coisa é ter cotas nas escolas, nas universidades, nos estágios. Aí sim, pois estamos falando de preparação para a vida e para o mercado. Essas cotas devem ser mantidas, aperfeiçoadas e, com o passar do tempo, obtido seu bom efeito, suprimidas. Mas as cotas nos concursos pervertem o sistema do mérito. Para o direito e oportunidade de estudar, é razoável dar compensações diante de um país e sistema ainda discriminadores, mas não para se alcançar os cargos públicos.
Nesse ponto, as críticas que os contrários às cotas fazem irão fazer sentido: aquilo de se dizer que “Fulano está aqui só por causa das cotas”. Isso pode ser tolerado em uma faculdade, de onde o cotista saia e mostre que, quando tem oportunidades, compete de igual para igual, acha seu espaço ao sol. Contudo, quando estamos diante de um concurso público, ou igualmente de seleção para empresas, influir no sistema de avaliação é uma perversão inadequada. Querer isso é ir além do razoável e, ao se insistir na tese, presta-se um desserviço ao país e à causa.
Os motivos são bem claros: é lícito dar a quem quer estudar algum diferencial competitivo, compensador de uma ou outra circunstância. De modo diametralmente oposto, é abusivo repetir tais privilégios quando o assunto é o ingresso definitivo no mercado de trabalho. Simples assim. Cotas: para estudar, pode; para arrumar emprego, aprenda como todo mundo. Venha disputar sua vaga em condições de igualdade, e que passe o melhor preparado: branco, preto, pobre, rico, gay, hetero, bonito ou feio.
Como disse um professor de Direito Constitucional que conheço, “daqui a pouco quem é a 'maioria', quem não for negro, índio, gay, cadeirante, obeso mórbido, filho de bombeiro ou PM morto em serviço” estará em risco de extinção, sem poder disputar as vagas públicas e privadas, loteadas por toda sorte de regalias para quem se articulou nos Legislativos ou nos órgãos de “promoção da igualdade” de quem quer que seja. Pior que tudo, cada vez menos se estimulará o estudo e o trabalho, o mérito e o esforço, porque a partir de agora para entrar nos cargos, ou nos empregos, bastará ter carteira de espoliado. Será o tempo em que quem não tiver nenhum argumento para ser prestigiado ingressará com ação judicial onde pedirá apoio, e algum juiz ou tribunal deverá, em um “salto triplo carpado hermenêutico”, provavelmente rasgando algum texto legal, proteger por fim a última classe a não ter algum favor legal que substitua o mérito. Será um país onde o estudo e o trabalho serão substituídos pelo, já anunciado antes, “princípio do coitadinho”.
As políticas afirmativas acolhidas pela Constituição são aquelas direcionadas ao fim da desigualdade, e não à sua perpetuação. Contudo, a forma como está se promovendo a igualdade é equívoca e tacanha, vez que não cria mecanismos para que a realidade social mude nem estímulo pessoal para o esforço. Existem muitas portas para se ingressar em programas sociais, cotas, gentilezas públicas, verbas a serem mal versadas, e poucas portas para que as pessoas saiam dos favores do governo, ou das situações onde os favores são justificáveis.
Prefiro um país onde os espoliados sejam amparados e onde tenham oportunidade de estudar, de aprender, mas que na hora de se definir de quem é uma vaga, que ela seja do mais bem preparado. Será um país de sonho. Parafraseando o Pastor Martin Luther King Jr., um país onde todos possam estudar, mas em que, na hora de as pessoas conseguirem um emprego ou cargo público, “elas não serão julgadas pela cor da pelé, mas pelo conteúdo de seu caráter”. Para ingressar nos cargos, nem valerá ser negro, ou índio, ou bonito, ou feio, ou gay, ou hetero, ou do partido, ou muito amigo. Para ingressar nos cargos, competência. E isso fará com que todos estudem.

William Douglas
William Douglas é Juiz Federal/RJ, professor universitário, autor. Considerado o maior especialista em concursos pela Revista Veja, Você S/A e Valor Econômico. Em 2012, figurou em 1º lugar nas principais listas de livros mais vendidos do país. Possui mais de 700mil livros vendidos e falou para mais ...
FONTE: JUS BRASIL

51 Comentários




19 votos
"Repito: a disputa hoje é não pela igualdade, mas pelo “privilégio” de exercer a tirania."

Perfeito. É exatamente isso.

7 votos
Carlos , se me permitir vou alem.

Hoje no Brasil , ser branco, hétero, classe media , você ta f... O governo atual fez com que a pessoa que tenha estas características ,sejam olhadas de maneiras preconceituosas. Hoje é feio ser rico , é feio ser magro , é feio ser branco, é feio ser contra cotas raciais, é feio ser contra bolsas..enfim,

4 votos
Mais do que isso Anderson Garcia,

É feio trabalhar duro e ser bem sucedido. É o caminho para ser taxado de "Elite que odeia os pobres".

É feio ir a igreja, orar ou carregar a bíblia no seu trabalho. É o caminho para ser taxado de "Alienado radical hipócrita".

É feio não querer que casais não se agarrem no parque ou em outros ambientes públicos, quando você leva sua esposa e filha de 03 anos para passear, sejam eles heterossexuais ou homossexuais. É o caminho para se taxado de "Homofóbico".

É feio defender, como nossos pais faziam (e que a propósito deu certo para muitos) que se você estudar duro você será o que quiser. É o caminho para ser taxado de "racista".

É feio não querer que sua filha seja uma "prostituta socializada". É o caminho para ser taxado de "machista hipócrita".

É feio não gostar de músicas vulgares e que incitam o ódio e a sensualidade, como o funk (São crianças de 8 e 12 anos se esfregando, de modo extremamente vulgar, fazendo danças que lembram movimentos sexuais) e o RAP (vejam as regiões circunvizinhas quando tem um show do MC's Racionais, é quebradeira, é gente fumando maconha, é brigas; quando tem show, a PM inclusive reforça o aparato policial na região). É o caminho para ser taxado de preconceituoso.

Mais feio ainda é afirmar que você gosta de Beethoven ou Bach, é o caminho para ser taxado de "elitista de berço de ouro", mesmo que sua mãe seja costureira e seu pai tenha só o ensino médio.

Enfim... como diria Rui Barbosa... (o qual sempre cito):

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."

Inversão total de valores. É uma pena, por quem perde é a sociedade. As grandes mentes tornam-se desmotivadas e àqueles que dão duro, se cansam.

Nenhuma sociedade fundada nesses desvios consegue se manter. Afinal, digam o que disserem, 1 + 1 é 2. E dinheiro não dá em árvore. Quem gera riqueza são os esforçados e capazes, quem senta a bunda, estuda e dá duro todos os dias e não os "vitimados" que querem passar na frente dos outros sem ter trabalho.

Esses esforçados e capazes, são como o titã Atlas da Mitologia Grega, eles carregam o mundo nas costas, e ainda são condenados e mal vistos.

Mas uma hora, eles tomam consciência do seu papel, deixam de ser "bestas", se revoltam, e o "trenzinho da alegria" cai penhasco a baixo.

Essa será a revolta de Atlas... a revolta daqueles que são obrigados a trabalhar para pagar suas contas e a dos outros (as famosas "vítimas" com suas famosas "bolsas", "cotas", "políticas afirmativas"), carregando o mundo inteiro nas costas e ainda sendo criticados pelos folgados que são carregados.

2 votos
o melhor...

2 votos
Verdade, privilégios que os brancos tiveram por mais de 400 anos no país no período da escravidão não conta, né? Quando direitos básicos como Educação, era garantido somente a uma classe de pessoas, a Elite Branca!
É só estudar História e Literatura. Estude sobre a literatura Barroca. Estude sobre o período da escravidão no Brasil de ponta a ponta. Recomendo até uma coleção de livro: História da vida privada.

1 voto
Johnny Daniel,

É sempre assim. Falácia "Ad Hominem" na veia.

"Você é burro, vai estudar". Eis o brilhante argumento que você e toda a esquerda, costuma usar.... agora citar alguma referência, fazer paralelo, contestar meu argumento com outro argumento, nada...

Longe disso, xingam a pessoa que está falando... e acham que isso é argumentar.

7 votos
Em falar em igualdade, recentemente vi uma entrevista do Guga, campeão mundial de tênis, que perdeu o irmão que tinha deficiência motora. Ele via o irmão se alimentar com dificuldade e bravura, cada conquista de conseguir levar o alimento à boca, de acordo com tenista, equivalia o esforço que o atleta tinha em um jogo de Roland Garrot. Com extrema sensibilidade demonstrou de uma forma brilhante o que significa o princípio da isonomia. Mesmo Aristóteles , embora preciso, não foi tão feliz.
Guga, por ter vivenciado o transtorno do irmão, descobriu logo cedo que o transtorno que o irmão sofria, era o transtorno do preconceito. O preconceito é uma ferida aberta, quanto maior o preconceito maior a dilaceração na carne e na alma. É um pensamento inquietante que ocupa a mente em busca de solucionar o insolucionável, de querer agradar incansavelmente para mostrar as pessoas que elas estão erradas, mas ao frágil e ao sensível não é dada nenhuma chance.
A pessoa que viveu e vive o preconceito, de fato, sai atrás da linha de partida, o resultado é visível nas ocupações públicas, nas escolas privilegiadas e nas universidades.
Em contra partida, não gosto de cotas, não gosto de soluções jurídicas apontadas e discutidas unicamente entre as vítimas, não gosto da arrogância e incoerência das vítimas, mas sei que todos os oprimidos devem ser protegidos até quando se rebelarem opressores.
Lamento por cada morte de judeu em um campo de concentração nazista, mas não aceito a opressão contra a Palestina, e não creio que o interesse dos palestinos seja de ficar como oprimido. Não aceito a escravidão que assolou este país, da mesma forma que não aceito grupos de negros se matando na África em um constante genocídio.
A arrogância permeia grupos de pressão das minorias. Meu avô era negro, meu irmão nasceu com a pele mais escura, viveu três anos da adolescência da moda afro, curtiu o movimento negro, sob o olhar condescendentes e afetuoso dos pais que o apoiaram e até um dia que se aproximou de um, quando recebeu a estupefata notícia que não era negro e não era bem vindo, essas foram as palavras exatas que cortaram o sonho pueril do meu irmão. E eu, em meu adorável sarcasmo que permeava minha alma adolescente, bati nas costas do meu irmão e disse," liga não irmão, ainda temos a sociedade protetora dos animais para nos acolher".
No mais mais, mutatis mutandis, ainda assim, embora não goste, acredito que as cotas são um remédio com gosto amargo para uma situação temporária, assim espero, de forma que quando entro em repartições públicas e sou atendido por simpáticos brancos, sempre me pergunto onde estão os simpáticos negros, por hora, sou a favor, com muitos óbices, mas creio que as cotas não vieram para saciar meu senso de justiça.

1 voto
" liga não irmão, ainda temos a sociedade protetora dos animais para nos acolher".
Inocente, há algum tempo entrei em um debate com alguns membros da sociedade protetora de animais que no máximo da sua hipocrisia bateu uma foto de duas crianças que comandavam uma carroça cheia de lixo puxada por um burro, o único membro do grupo (crianças e burro) que atraiu compaixão dessas pessoas foi o burro.

A ultima frase dita foi "Eu protejo os animais".

4 votos
Excelente texto!

Entretanto, em contraposição ao entendimento brilhantemente apresentado pelo autor, entendo que a defesa de cotas no campo do ensino, se em um primeiro momento mostrou-se uma medida necessária dado o legado histórico deixado por administrações que não trataram o tema com seriedade, mostra-se, no presente momento, que serviu apenas de "bypass" da forte obrigação de prover à todos, ricos, pobres, brancos, negros ou índios, educação de alto gabarito.

Permita-me transcrever o trecho "Essas cotas devem ser mantidas, aperfeiçoadas e, com o passar do tempo, obtido seu bom efeito, suprimidas." e realizar algumas poucas e humildes considerações: as cotas por si não trarão efeito benéfico algum sobre a educação, elas, pelo seu próprio funcionamento permitirão a aqueles privilegiados por ela a ascensão por "mérito parcial". O melhor efeito seria conseguido por meio da implementação séria, com metas verdadeiras de desempenho, de sistema educacional capaz de abraçar inclusive aqueles que moram em locais distantes dos grandes centros. Se paralelamente à implantação do sistema de cotas os administradores do país tivessem realmente se preocupado com a mudança do cenário educacional, em poucos anos não se veria mais a necessidade de qualquer tipo de cota, em qualquer campo ou nível.

O resultado seriam escolas cujos alunos das mais diversas origens e características físicas competiriam em posição igual ou superior a aqueles educados pela iniciativa privada.

Esqueceu-se há anos a implementação de escolas do tipo internato, em que crianças, adolescentes que moram em cidades do interior pudessem se dedicar integralmente aos estudos e práticas de esportes sendo-lhes facultado o transporte nos finais de semana para suas residências de origem, custeado ainda pelo Estado sem desperdício. Mas isso é caro...

Meu pai, de origem muito humilde, teve a oportunidade de estudar assim, foi aluno de internato na antiga Escola Técnica de São Luís (Maranhão, Federal), de onde, por mérito ascendeu até o grau de Engenheiro Civil na primeira turma da antiga Escola de Engenharia do Maranhão.

Assim, entendo que cotas, sem o devido esforço, esmero e seriedade por parte da administração aplicados na eliminação da real causa dos problemas de educação nacional, servirá apenas como aspirina para uma grande dor de cabeça.

Abraço.

1 voto
Sou a favor de, com o passar dos anos, as cotas sejam reduzidas, pois as cotas não dever servir de "muletas". Foram instituidas para sanar uma deficiência de anos de deslexo por parte dos governantes. Imagino que ao impor cotas, se impôs tambem uma melhora gradual no conhecimento destes marginalizados, não é mais possivel perpetuar esta marginalização (isto é utopia, eu sei, pois os governos pouco fazem para mudar a realidade).

4 votos
Eis um texto lúcido, apesar que ainda continuo contra a cota racial e a favor somente a cota social. No demais assino embaixo. Parabéns!.
4 votos
Penso que o maior problema da cotas raciais ou sociais seja a perenidade. Grupos étnicos passam a não admitir sua supressão. E as cotas sociais, que deveriam ser temporárias, tornam-se perpétuas, porque, embora há mais de 10 anos criadas, não houve investimentos na educação pública. Os professores continuam sendo mal remunerados, as escolas sucateadas e há ataques constantes de governos contra as parcas conquistas na educação, como aconteceu recentemente no Paraná.



3 votos
A prova de concurso não tinha cor! Não fazia diferença se o candidato era branco, negro, indio, etc, a prova é igual para todos.

A Prova não é o melhor meio de medir o mérito das pessoas, mas é o mais justo atualmente.

Onde algumas pessoas enchergam igualdade eu estou vendo tratamento diferenciado pelo critéio mais fácil e menos justo.

Sou um defensor da cota social e opositor da cota racial.
Raça não é diferença para ingresso em faculdade ou pior ainda, concurso!
Correção de erros históricos também não! Não tem como ser medido por raça, qual a porcentagem de pessoas que são brancas descendentes de negros?(uma pesquisa mostrou que 28% de uma amostra de brasileiros brancos tinham descendencia africana e outros 33% indigena)


3 votos
O melhor programa contra as desigualdades sociais é uma educação de qualidade para todos os brasileiros.

Com esta única medida várias injustiças poderão ser reparadas, tais como: valorização do ensino e do professor, consumidores e eleitores mais exigentes pelo aumento da escolaridade de qualidade, melhores salário para trabalhadores mais capacitados no mercado, possibilidade real de ascendência social pelo mérito etc.
Fazer política de cotas raciais em razão da desigualdade é cometer dois erros essenciais: tratar de maneira diferente seres humanos em razão de um critério inexistente que é a raça e o outro é dar tratamento diferenciado entre espoliados que se encontram na mesma situação de exclusão social.
Voltemos ao universalismo que caminharemos bem.


3 votos
Vale lembrar a nossa Carta Magna:

"Art. 5º TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, À IGUALDADE, à segurança e à propriedade.."
qualquer regime de cotas, sejam elas raciais ou sociais é INCONSTITUCIONAL.


3 votos
Assista o filme: "12 Anos de Escravidão". Excelente.

Um filme sobre a dor, sobre a ausência de compaixão, de humanidade.
Refletir sobre os horrores da escravidão nos ajuda a compreender do que o homem é capaz.


2 votos
É triste a realidade imperante no sistema político-cultural brasileiro. Estão desigualando-se mais que os desigualados!!

2 votos
Olha, seria assim SE não houvessem exemplos deploráveis de discriminação. Eu entendo a cota racial em universidades, mais como uma cota social do que racial propriamente dita. E é assim, pq lá atrás, os negros não tinham a mesma educação que os brancos e eram jogados como sub-classe na sociedade.


Pra quem fala em coitadismo, só digo que, pesquisem o que foi o século 19 e inicio do século 20 para os negros. Escravos em vários lugares, perseguidos nos EUA por um dos grupos mais radicais que já existiu na história.

A Ku Klux Klan.

Um movimento racista nascido na igreja metodista e que teve muitos batistas como membros. Muita gente não sabe, mas o pai do PENTECOSTALISMO, era da Ku Klux Klan. Por ai podemos ver que essa corrente cristã já começou errada.

Eu não gosto de jogar pessoas como sub-classes. Historicamente, isso nunca acabou bem. As mulheres eram sub-classe na idade média e o que acontecia? INQUISIÇÃO. Os negros eram sub-classe nos séculos 19 e 20 e o resultado disso? A KU KLUX KLAN. Os judeus foram sub-classe na Alemanha de Hitler e o que tivemos? HOLOCAUSTO.

Sou hétero. Mas me preocupa ver esse movimento pentecostal querendo tratar gay como sub-classe. Para mim, é o anuncio de uma tragédia que marchará a história do nosso país.

Está faltando o DIALOGO. Está faltando entender que, direito é algo que tem que ser garantido e que não deve ser confundido com privilégio.

Mas uma considerável parcela dos pentecostais se fechou para o dialogo. Agora, discursam ÓDIO contra essa comunidade. Se não fizermos nada, algo ruim vai acabar acontecendo.

MARCHA PELO ESTADO LAICO
2016
AINDA ESTÁ EM TEMPO DE EVITAR UM DESASTRE


1 voto
O estado brasileiro já é laico, nobre amigo.


Mas não confunda uma coisa... Estado Laico não é Estado Ateu.

Quanto aos fatos históricos que você citou, falta-lhe perspectiva histórica. Cada época é uma época. Diferente em tendências, costumes, identidade e valores.

E outra, não foram só os africanos que foram escravizados ou sofreram preconceitos ao longo da história. Diversas outros povos e etnias foram.

E o preconceito não é só "privilégio" do homem branco, se você for no Congo e na África do Sul, ou até mesmo em Angola, será discriminado e terá problemas para conseguir emprego por ser branco. Isso nos dias de hoje.

Até mesmo entre africanos, há genocídios e preconceitos por pertencerem a tribos diferente. Prova disso foi o Massacre de Ruanda.

Há muito, já não somos (Ocidente) a sociedade racista do século passado. E há muito já não somos a sociedade machista do último milênio. Pois mais que você possa considerar o contrário...

Não faz sentido basilar políticas públicas como se vivêssemos em outra época.

O que você conseguirá com isso é que os referidos grupos alvo das políticas, usem disso para conseguir benefícios e privilégios, como já estão fazendo hoje.


1 voto
Gostei da sua resposta, a mais coerente até o momento.

As cotas partiram não de uma ideia de dar ao negro aquilo que lhe foi tirador, de repará-lo por todas as agruras e violações de direito que sofreu.

2 votos
A questão racial no Brasil (de forma ampla, não apenas sobre cotas) está sendo imposta para criar nichos, currais eleitorais.

https://youtu.be/p-DAj6VAxgs
https://youtu.be/o8riQ-9z86k

O Brasil está comprando o discurso liberal dos EUA do século passado (diferente dos liberais ingleses, eles são socialistas). Assim, pela exaltação das suas diferenças, a população é separada em nichos antagônicos que se hostilizam e que precisam do Estado para intermediar suas relações.

A população mais fraca, distraída com picuinhas (gay x cristão, homem x mulher, rico x pobre,...) não presta atenção para o que realmente importa, assim as coisas chegam no ponto em que estão hoje (BNDES, Petrobras,, Urna eletrônica insegura Subsídio para viagens de parentes de parlamentares, auxílio habitação para magistrado proprietário de imóvel....)


2 votos
Fantástica a frase: "Repito: a disputa hoje é não pela igualdade, mas pelo “privilégio” de exercer a tirania.", como também publico uns escritos nesta revista, tomarei a "liberdade" de citá-la em meus textos [garantindo também a indicação da fonte, é óbvio].

1 voto
Concordo!

A cota em concurso público não é justa, vistos que todos os esforços e oportunidades dos acadêmicos foram iguais. Isso não faz merecer um diferencial benéfico para visar a um cargo público.

1 voto
Concordo plenamente.

1 voto
Perfeito! Muito bem posto!

1 voto
Perfeito professor... aonde assino?!

1 voto
Parabéns! Vossa Excelência sempre compartilhando conhecimento. Tenho muita admiração por Vossa Excelência. A argumentação apresentada seria completa, não que necessite de complementos, com os da Procuradora do DF, doutora Roberta Fragoso, a quem também muito admiro.

As medidas relativas as cotas no Brasil poderá levar a racionalização do país.

1 voto
Belíssimo artigo.

Frases pontualmente precisas debruçadas em uma das vertentes.

1 voto
Excelente abordagem, parabéns!

Particularmente sou contra a cota racial, e sim a favor da cota social para o ingresso em universidades, já que se as condições são as mesmas (um exemplo ter estudado somente em escola pública), independe a cor e sim a origem. De toda forma a cota racial, por si só, seria para todos, já que todos somos da mesma raça, mas essa discussão fica para outro fórum.
Mesmo com a implantação de uma cota social, essa deve vir acompanhada de um plano de ação para que, ao longo do tempo, se corrija a origem da necessidade e paulatinamente ela venha a ser retirada.


2 votos
Os nobres Senadores e deputados ficam em Brasília pensando em gerar polemicas, para distrair a população enquanto saqueiam os cofres públicos.

Projetos contra as cotas raciais. Projetos a favor das cotas raciais. Projetos a favor dos Gays lésbicas e simpatizantes. Projetos contra os Gays lésbicas e simpatizantes.
E a inflação correndo solta. A corrupção continua. Alguém acha que a corrupção estatal parou???
Afinal, eles tem que transferir dinheiro para contas secretas antes que sejam descobertos.
Vocês acham que o Barusco devolveu tudo que roubou?
Os senadores e deputados pensam mais ou menos assim. Vamos criar bastante polemica,enquanto a plebe se mata na Arena, nós continuamos os nossos furtos.


1 voto
Sr Marcus Mendes


Estamos de acordo.


1 voto
A favor e contra o texto do Exmo. Juiz Federal Willian Douglas vem minha visão do mesmo tema.

Vivemos em um país contraditório, onde aqueles que se dizem discriminados são os maiores preconceituosos. Nossa sociedade, diferenciada das demais sociedades do planeta, tem em comum com elas o preconceito.
Estudei até a 8ª série em escola pública, pobre de recursos e mal suprida de profissionais na fiscalização dos alunos. Porém uma escola em que minhas primeiras professoras me deram o seguinte recado: "Estamos aqui para te ensinar, mas o seu aprendizado depende do seu interesse!" E, nessa proposta, busquei aprender o máximo que podia, porém, muitos dos meus colegas nem sequer olhavam para o quadro negro, não havia interesse.
Não é a cor, a condição econômica, a opção sexual, o sexo ou a religião que deve orientar a escolha das pessoas, mas o seu grau de interesse.
Há três anos um estudante de escola pública do Nordeste, pobre e que morava em uma casa distante da escola, ficou em 5º lugar no ENEM. Perguntado por um repórter sobre como obtivera tal resultado, sua resposta foi: "Estudando! Minha escola é pequena, quase não recebe recursos. Mas existe o esforço dos professores e o interesse dos alunos em vencer as dificuldades!" Daí me vem a percepção das coisas que observo no caminho...
O programa de cotas é simplesmente uma forma de dizer aos seus favorecidos que eles são incapazes de vencer ou alcançar seus objetivos sem serem favorecidos de alguma forma. É um mecanismo que dá uma vaga a um cotista que teve 60% de acerto numa prova em detrimento dos 78% de acerto de um não-cotista que perde a vaga por este motivo. Não adiantou ele estudar, perder noites de sono, pagar um cursinho preparatório. Tudo o que lhe resta é lutar para ficar entre os dez primeiros, pois, de outra forma, corre o risco de não conseguir a vaga, seja ela para o que for.
Ainda existem outros absurdos, como comemorar o 'Dia da Consciência Negra', como se o fato de negros terem consciência fosse algo a se comemorar. Isso é preconceituoso.
Da mesma forma a 'Parada do Orgulho Gay' é mais uma manifestação desnecessária, pois independente de sua opção sexual, todos devem procurar motivos para terem orgulho próprio.
Não desmereço ou acho errado quaisquer pessoas que acreditam no programa de cotas, mas creio que ele está na contramão da justiça social, pois estabelece que fulano é menos capaz do que sicrano ou beltrano e gera uma desleal inversão de valores para a construção de um mundo melhor, pois os melhor-preparados passam a não figurar mais nas posições em que seriam necessários.
Assim, revelo uma pequena parcela do meu ponto de vista e agradeço a oportunidade para tal.


1 voto
Excelente artigo!

1 voto
Parafraseando o jurista e Geógrafo Milton Santos " A sociedade brasileira não se preocupa com direitos e sim com privilégios".

1 voto
Parabéns! Pelas sinceras palavras, quem estuda e tem propósito ao alcançar objetivo, não se preocupa com "Cotas", isso não toma vaga de ninguém, no entanto só abre oportunidades para igualdade social, no que tange mais oportunidade para os negros. Não importa a cor, o quem você é, a competência é sua de ser alguém na vida, ai vai dizer, ah! Mas não sou negro sou isso, aquilo... Olha! Veja bem pensa um pouco, observe todo o status da sociedade e ver quem está mais a frente o negro ou branco, calcula tudo, ver quantos negros estão numa situação melhor e ver quantos brancos estão numa situação ruim. Ah! e os brancos que estão na situação ruim, agora imagina os dois na situação ruim, quem você acha que dá pra espelhar melhor...

1 voto
Tenho uma alta miopia e fui me informar sobre a ta deficiência, se era considerado deficiente visual, o que, ouvi, que com o óculos sou uma pessoa normal, dá para acreditar nisso e, querem criar cota para isso ou para aquilo, isso é uma vergonha...acorda...Brasil..

1 voto
Exatamente. É esse o meu pensamento, e agora ao saber que o Juiz William Douglas mestre dos concurso também concorda, será difícil persuadir-me a sentido divergente a opinião sedimentada. Concurso é base do mérito. Quer mais raça negros cor de pele preta Servidor e empregado público, ofereçam faculdades e até cursinhos de graça os deixem preparados para disputar de igual para igual.

Agora o correto é termos prestadores do serviço publico, serviço oferecido a população, pior capacitado ? QUERO SER ATENDIDO POR QUEM ENTENDE, QUERO UM SERVIÇO PRESTADO PELO MELHOR quando necessitar de estado.

Sem "mimimi". Diversos amigos meus são negros e compartilham da minha ideia, odeiam a "esmola" do governo. Aqueles que entram "na moral" em concurso agora serão olhados com desdenho e descrença nas suas capacidades (ELE SO ESTÁ AI PELA COTA)

Sem mais comentários.


1 voto
Cota "RACIAL" é sério que presenciamos isso em pleno séxulo 21 ? Uma afronta à constituição pois é como dizer que não extistem brancos pobres !? Sem comentários, querem sempre resolver o problema superficialmente...é mais fácil dar uma bolsa ou uma cota do que melhorar a educação.


Ai sempre aparecem aqueles que dizem: "_ Temos que levar em consideração toda a crueldade praticada antigamente".

Certo, mas neste caso, cadê o auxilio aos judeos ? auxilio aos índios e à todos aqueles que sofreram por exemplo com a ditadura ?


1 voto
Excelente!

Concordo.
Parafraseando o Pastor Martin Luther King Jr., um país onde todos possam estudar, mas em que, na hora de as pessoas conseguirem um emprego ou cargo público, "elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter". Para ingressar nos cargos, nem valerá ser negro, ou índio, ou bonito, ou feio, ou gay, ou hetero, ou do partido, ou muito amigo. Para ingressar nos cargos, competência. E isso fará com que todos ESTUDEM.


1 voto
Parabéns pelo artigo. Concordo com tua opinião, inclusive que o ser humano não se contenta com nada, e acaba extrapolando.

1 voto
Privilegiar uma raça em meio a mistura que somos já é incoerente.Temos que entender que um projeto de poder se solidifica em divisão de grupos, o que é feito para todos não tem repercussão para formar uma base eleitoral, pode favorecer a sociedade, mas este é só um detalhe. Não há cotas para índios, simplesmente porque não dá voto. Não é necessário cota para nada, se o indivíduo estudou em escola pública deve ganhar um bônus, pois teve uma formação de qualidade inferior. Uma solução simples e justa não faz parte da nossa política.

1 voto
Nossa que texto lindo!, perfeito para a situação que estamos, exagero por todos os lados, isso é oque está acontecendo.

1 voto
Não concordo com cotas raciais; concordo com cotas sociais que poderiam ter sido implementadas desde o início beneficiando pobres, independentemente de serem amarelos, brancos, negros ou vermelhos! Uma vez formados e em condições de igualdade com todos para disputar uma vaga em concurso público, vejo como uma aberração as cotas raciais para esses certames! Na esfera privada, então, não vejo como o Estado possa interferir e estipular que uma determinada Empresa tenha tantos empregados amarelos, brancos, negros ou vermelhos!

1 voto
O Brasil tem essa grande mania do "coitadinho", do "pobrezinho", e por aí vai. Defender cota negro é o maior absurdo que o Brasil já produziu. Que interessa, agora o que houve com os negros no passado, até porque quem trouxe os negros para o Brasil não foram os brasileiros que aqui estavam - índios - e sim os povos desbravadores. Então porque não cobram deles o que fizeram com os negros que trouxeram. Que culpa temos nós, e por que temos que pagar essa dívida se sequer eram negros brasileiros? Os descendentes dos negros que aqui chegaram que procurem quem os mandou para cá e cobrem deles. Ah, é mais fácil fazer essa jogada de alguns espertos aqui no Brasil, brasileiro é bonzinho (ou burinho) e aceita tudo. Isso é uma grande e profunda vergonha para a nação brasileira. É lamentável que esse juiz tenha uma visão tão estreita. Bem, hoje se faz faculdade até via internet, no Brasil tudo pode.... é um país que perdeu os princípios dos bons costumes, da honradez, da ética, da moral, enfim, temos que perguntar o que nos restou.

1 voto
Eu acho que cotas fazem mais sentido nas empresas até, pelo simples fato de que os métodos de aprovação envolvem, na grande maioria das vezes, uma entrevista com o candidato. Nesse momento é que há chance muito grande de reprovação por preconceito.


Nesse ponto, não acho exagerado de forma alguma, muito pelo contrário: se é permitida a cota num método de aprovação totalmente isento (pelo menos em tese), onde não se sabe cor, classe social ou opção sexual do aluno, por que seria exagero permiti-lo onde o preconceito tem maior probabilidade de prevalecer?

Eu acho até que é uma ajuda para o mercado, já que muitas vezes se reprovam pessoas capacitadas por essas questões de preconceito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário