Governo aumenta salário de cubanos, mas Cuba ainda fica com 70%.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, negou que o aumento tenha a ver com o caso da médica cubana Ramona Rodíguez, que abandonou o Mais Médicos por conta do baixo salário
Fonte Jus Brasil
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Os
governos de Brasil e Cuba concordaram em aumentar o salário dos médicos
cubanos que fazem parte do programa Mais Médicos, informou o ministro
da Saúde, Arthur Chioro, nesta sexta-feira, 28. A partir de março deste
ano, o salário dos profissionais subirá de US$ 400 para US$ 1.245 (cerca
de R$ 3 mil). Porém, a ditadura cubana continuará recebendo a maior
parte, ou 70%, do dinheiro pago pelo Brasil por médico. O novo salário
ainda está muito longe dos R$ 10 mil pagos a médicos brasileiros e de
outras nacionalidades que integram o programa.
Anteriormente os
cubanos recebiam apenas US$ 960 reais, sob a alegação de que teriam
direito a outros US$ 600 mensais quando retornassem a Cuba. Agora, este
montante poderá ser retirado mensalmente no Brasil, junto com outros US$
250 concedidos de aumento.
Nos últimos meses, o governo
brasileiro vem sofrendo pressão do Ministério do Trabalho e da oposição
para aumentar o salário pago aos profissionais cubanos, além de
desistências de alguns profissionais.
O ministro da Saúde, Arthur
Chioro, negou que o aumento de salário tenha a ver com o caso da médica
cubana Ramona Rodíguez, que abandonou o programa por conta do baixo
pagamento.
Segundo o ministro o reajuste de salários faz parte de uma
reestruturação do programa. Ele também disse que os profissionais contam
com o auxílio das prefeituras para gastos com hospedagens, que em
teoria deveriam chegar a R$ 2,5 mil. Chioro disse que todos os médicos
cubanos que atuam no programa recebem auxílio alimentação de R$ 700 por
pessoa.
O ministro afirmou que a população apoia o Mais Médicos e
criticou entidades médicas que se opõem ao programa. “Há uma clara
oposição vinda de certos setores, postura que não dialoga com interesses
dos médicos cubanos e nem da população brasileira.
Não podemos nos
pautar pelas entidades médicas. Ao contrário do que afirmavam, o Brasil
continuava sem médicos, sim. Quanto à oposição que criticava, agora
estão até ajudando a encontrar melhorias para os cubanos”, disse Chioro.
Os cubanos são a maioria dos 6.650 médicos contratados por meio do programa
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