Quando advogados desonram a carteira que possuem
Polícia mato-grossense investiga grupo suspeito de atuação fraudulenta em Juizados Especiais
Publicado por Rodrigo Rigaud
“A
advocacia não é profissão para covardes”. Esta é uma das frases mais
proferidas por bacharéis ao receberem a tão sonhada carteira da Ordem
dos Advogados do Brasil. Na prática, infelizmente, alguns, que
representam uma minoria, porém significativa, trocam o compromisso de
honrar a defesa social pelo auto (e alto) lucro fácil e desprovido de
esforços.
“A advocacia não é profissão para covardes”. E quando o
joio surge em meio ao trigo? A Polícia Judiciária Civil do Mato-Grosso
investiga um grupo de 15 advogados da Capital suspeitos de atuar de
forma fraudulenta em processos que tramitam nos Juizados Especiais.
Supostamente,
os profissionais estariam inserindo nomes em órgãos de proteção ao
crédito (como o Serasa ou SPC) para, posteriormente, entrarem com ação
solicitando a retirada do registro e a indenização por danos morais.
“Queremos
acompanhar todos os passos e investigar administrativamente a
participação desses advogados. Caso seja provada a participação, eles
poderão ter suspensão preventiva de suas atividades. Porém, vamos ter
cautela e entender ainda o que está ocorrendo”, discorreu o
representante estadual da OAB.
Segundo o desembargador Carlos
Roberto Alves da Rocha, do TJMT, existem cerca de 25 mil ações
tramitando nos Juizados Especiais sobre a retirada de nomes dos órgãos
de proteção ao crédito. Somente um, dos 15 advogados suspeitos, já seria
o autor de 6.500 deste total.
Um mau exemplo para todos os que, um dia, reverberarão a assertiva de que “a advocacia não é profissão para covardes”.
FONTE: JUS BRASIL
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