Regras para terceirização devem equilibrar obrigações trabalhistas com estímulo à atividade produtiva
Presidente da Fiems apresenta pesquisa da
CNI mostrando que, sem terceirizar, mais da metade das indústrias
brasileiras teria problemas.
Os
dados da pesquisa foram apresentados a empresários, especialistas e
juristas no Seminário Terceirização e o STF: o que esperar?, realizado
pela CNI, em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a Confederação Nacional
do Sistema Financeiro (Consif) e a Confederação Nacional do Comércio
(CNC), nesta segunda-feira (1/9), em São Paulo. “A terceirização é uma
ferramenta essencial para as empresas serem competitivas”, disse Sérgio
Longen (foto), presidente da Federação das Indústrias do Mato Grosso do
Sul (Fiems), que apresentou a Sondagem.
INSEGURANÇA
Longen afirma que uma eventual proibição da tercerirização no Brasil
poderia levar ao colapso de cadeias produtivas e ameaçar a sobrevivência
das empresas e a manutenção de empregos. De acordo com a pesquisa da
CNI, na indústria de transformação, por exemplo, 57,4% das empresas
teriam a competitividade prejudicada ou teriam de paralisar uma ou mais
linhas de produção se forem impedidas de terceirizar.
Para reverter a situação de insegurança jurídica atual, Longen
defendeu a aprovação de regras claras e transparentes, que se pautem
pelo equilíbrio entre as obrigações trabalhistas com o estímulo à
atividade produtiva, em substituição à Súmula 331 do Tribunal Superior
do Trabalho (TST), que define que não se pode terceirizar a chamada
atividade fim da empresa. “A indústria é a favor da competitividade,
portanto, é contrária à desproteção e à precarização do trabalho”,
ressaltou.
RESPONSABILIDADE
O presidente do Conselho de Relações do Trabalho da CNI, Alexandre
Furlan, lembrou que 75% das indústrias fiscalizam, de forma voluntária,
se suas terceirizadas cumprem com as obrigações trabalhistas com seus
funcionários, recolhendo as contribuições para o INSS e o FGTS.
Paralelamente, 74% das empresas monitoram o cumprimento das normas de
saúde e segurança do trabalho (SST) por parte das terceirizadas. Assim,
reforçou Furlan, não se justifica a afirmação de que terceirizar
significa “precarizar” as relações do trabalho. “O trabalhador
precarizado é aquele que está entre os 40 milhões informais que existem
no Brasil. São com esses que as instituições deveriam se preocupar”,
disse no encerramento do seminário. (Fonte: Portal da Indústria)
Foto: Emiliano Hagge/FecomercioSP
FONTE:MACDATA NEWS
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